Impacto das disfunções temporomandibulares na qualidade de vida de usuários de uma clínica odontológica universitária

Introdução: O fato de a longevidade do ser humano ter aumentado fez também crescer o interesse pelo entendimento da qualidade de vida da população, bem como a necessidade da adoção de instrumentos para avaliá-la. Dentre eles, o World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-bref) avalia a qualida...

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Published in:H.U. revista Vol. 50; pp. 1 - 8
Main Authors: Braga, Natalia Hermeto Mendes, Seraidarian, Paulo Isaías, Barros, Vinícius de Magalhães, Assis, Marina Araújo Leite, Figueiredo, Elyonara Mello de, Soares, Rodrigo Villamarim
Format: Journal Article
Language:English
Published: 11-11-2024
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Summary:Introdução: O fato de a longevidade do ser humano ter aumentado fez também crescer o interesse pelo entendimento da qualidade de vida da população, bem como a necessidade da adoção de instrumentos para avaliá-la. Dentre eles, o World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-bref) avalia a qualidade de vida por meio dos domínios físico, psicológico, social e ambiental. As disfunções temporomandibulares (DTMs) são aquelas que envolvem a articulação temporomandibular (ATM), músculos e estruturas associadas, apresentando sinais e sintomas como dores na face e articulação temporomandibular, tensões musculares, dores e limitação da abertura da boca, dentre outros.  Objetivo: Avaliar o impacto das disfunções temporomandibulares nos aspectos físico, social, ambiental, funcional e psicológico na qualidade de vida dos pacientes e seus acompanhantes, atendidos em um centro odontológico. Material e Métodos: Indivíduos (pacientes ou acompanhantes) frequentando uma clínica odontológica de um departamento de odontologia universitário foram avaliados por meio dos seguintes instrumentos: Research Diagnostic Critéria for Temporomandibular Disorders (RDC/TMD), eixos I e II, o Temporomandibular Index (TMI) e o WHOQOL-bref. Foram avaliados 81 indivíduos (62 sem DTM; 19 com DTM), sendo 50 do sexo feminino e 31 do sexo masculino. Resultados: A análise das variáveis sociodemográficas não demonstrou diferenças significativas entre os grupos. Estas foram encontradas entre indivíduos com (grupo disfunção temporomandibular) e sem DTM (grupo controle) em relação ao domínio psicológico, e, com exceção do domínio meio ambiente, todos os demais domínios exibiram correlações negativas com variáveis psicossociais detectadas no eixo II do RDC/TMD, como: dor crônica; sintomas físicos não específicos com e sem dor; depressão; e com o TMI. Conclusão: As disfunções temporomandibulares interferem negativamente na qualidade de vida dos pacientes avaliados neste estudo, e, quanto maior for o comprometimento psicológico e mais severas forem as DTMs, mais afetados serão os domínios de qualidade de vida.
ISSN:0103-3123
1982-8047
DOI:10.34019/1982-8047.2024.v50.44502