Mediação tecnológica no ensino da Matemática considerações sobre a utilização do software Winplot em atividades
Este trabalho tem como objetivo apresentar e discutir, numa perspectiva crítica, uma proposta de atividade que faz uso de duas tendências metodológicas para o ensino da Matemática (Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação [TDIC] e Investigação Matemática), em particular, para o ensino de fun...
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Published in: | Boletim Cearense de Educação e História da Matemática (Online) Vol. 8; no. 23; pp. 519 - 533 |
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Main Authors: | , |
Format: | Journal Article |
Language: | English |
Published: |
17-06-2021
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Summary: | Este trabalho tem como objetivo apresentar e discutir, numa perspectiva crítica, uma proposta de atividade que faz uso de duas tendências metodológicas para o ensino da Matemática (Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação [TDIC] e Investigação Matemática), em particular, para o ensino de funções do primeiro grau, funções do segundo grau e soluções de sistemas de equações lineares com duas variáveis Reais (ℝ). A proposta aqui apresentada faz uso do software Winplot como recurso tecnológico com a finalidade de dar significado a alguns conceitos relacionados aos assuntos matemáticos supracitados e é composta por três atividades, dentre as quais, as duas primeiras pretendem dar significado, respectivamente, aos coeficientes de funções do primeiro e do segundo grau, por meio de uma manipulação guiada no software por parte do aluno, enquanto que a última pretende dar significado às soluções de sistemas de equações lineares com duas variáveis em ℝ. A proposta foi elaborada em contexto acadêmico como requisito parcial para a obtenção de nota final em componente curricular obrigatório do curso de Licenciatura em Matemática da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e não foi aplicada em contexto real de ensino. No entanto, entendemos que as reflexões, discussões e problematizações aqui suscitadas acerca da proposta apresentada são relevantes para professores de Matemática em formação e/ou em atuação, uma vez que não se trata de uma ideia de natureza inovadora, mas bastante comum. Na promoção dessas discussões nos baseamos no conceito de “obstáculos epistemológicos” proposto por Gaston Bachelard, nos estudos de Lins e Gimenez (2001) e Ribeiro e Cury (2015) sobre o ensino de Álgebra e em Sousa (2020) para entendermos a dinâmica da aliança entre TDIC e Investigação Matemática. Concluímos após análise do que foi apresentado e discutido que a atividade proposta pode possibilitar compreensões equivocadas no aluno com relação aos conceitos de entes geométricos primitivos, tais como: reta, semirreta e segmento. Essas compreensões equivocadas, vistas à luz do conceito de “obstáculos epistemológicos”, poderiam culminar em dificuldades de aprendizagem nos alunos em séries posteriores de estudos. Por fim, destacamos que esses obstáculos não seriam causados pela atividade em si, mas pela escolha do software para este fim e consideramos imprescindível, portanto, a atenção dos professores ao utilizarem qualquer meio que possibilite a prática manipulada pelo aluno.
Palavras-chave: Investigação Matemática; TDIC; Obstáculos epistemológicos; Educação Matemática. |
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ISSN: | 2357-8661 2447-8504 |
DOI: | 10.30938/bocehm.v8i23.4862 |