Atenas, o olimpismo à guisa de urbanismo
Os Jogos Olímpicos de 2004 marcaram o coroamento de uma nova era iniciada na capital grega há mais de um quarto de século. O retorno a uma democracia reforçada, a vinculação à Europa política, a consciência da responsabilidade internacional assumida no Mediterrâneo oriental, nos Bálcãs e no vasto mu...
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Published in: | Revista brasileira de estudos urbanos e regionais Vol. 6; no. 1; p. 69 |
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Format: | Journal Article |
Language: | English |
Published: |
31-05-2004
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Summary: | Os Jogos Olímpicos de 2004 marcaram o coroamento de uma nova era iniciada na capital grega há mais de um quarto de século. O retorno a uma democracia reforçada, a vinculação à Europa política, a consciência da responsabilidade internacional assumida no Mediterrâneo oriental, nos Bálcãs e no vasto mundo através da marinha grega, confirmam Atenas em seu destino de “cidade global”. Para além da funcionalidade com relação à natureza das provas esportivas ou o desenrolar das festividades, a escolha dos sítios olímpicos respondeu a uma vontade estratégica afirmada sobre a totalidade do espaço da região urbana e a um desejo de reconversão geral das infra-estruturas após os Jogos. O presente texto mostra que, mais do que em Barcelona, onde o direcionamento da cidade para seu porto foi o grande evento dos anos 90, a mutação aqui engajada é mais fundamental, posto que Atenas, capital continental, não foi jamais uma cidade litorânea: desde a Antiguidade, o Pireu e suas bacias contribuintes constituem uma entrada marítima descentrada e a vocação da costa foi sempre mais balneária do que verdadeiramente urbana.Palavras-chave: Atenas; olimpíadas; urbanismo. Abstract: The 2004 Olympic Games marked the top of a new era opened at the Greek capital twenty five years ago. The reestablishment of a reinforced democracy, the attachment to Europe, the consciousness of its international responsibility at the East Mediterranean region, at the Balkans and around the world through its merchant marine, affirm Athens in its route to a “global city”. Besides the issue of functionality regarding the competitions and celebrations, the choice of the Olympic sites responded to a strategic will of reconverting the infra-structures after the Games in the benefit of the whole urban region. This article shows that, more than in Barcelona, where the city’s move towards the harbor was the main event of the 90s‘, the change in Athens has been more fundamental, since this continental capital has never been a coastal city: since the Antiquity, the Pireu and its basins constituted a maritime entry and the vocation of the coast has ever been more balneary than truly urban.Keywords: Athens; olympic games; urbanism. |
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ISSN: | 1517-4115 2317-1529 |
DOI: | 10.22296/2317-1529.2004v6n1p69 |