Pressões respiratórias máximas e capacidade vital: comparação entre avaliações através de bocal e de máscara facial

INTRODUÇÃO: A medida das pressões respiratórias máximas e a capacidade vital são importantes na avaliação da função pulmonar, no entanto, variações metodológicas podem interferir na interpretação dos resultados obtidos. OBJETIVO: Comparar os valores das pressões respiratórias máximas e da capacidade...

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Published in:Jornal brasileiro de pneumologia Vol. 30; no. 6; pp. 515 - 520
Main Authors: Fiore Junior, Julio Flavio, Paisani, Denise de Morais, Franceschini, Juliana, Chiavegato, Luciana Dias, Faresin, Sonia Maria
Format: Journal Article
Language:English
Published: 01-12-2004
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Description
Summary:INTRODUÇÃO: A medida das pressões respiratórias máximas e a capacidade vital são importantes na avaliação da função pulmonar, no entanto, variações metodológicas podem interferir na interpretação dos resultados obtidos. OBJETIVO: Comparar os valores das pressões respiratórias máximas e da capacidade vital, obtidos através de bocal e de máscara facial. MÉTODO: Foram estudados 30 pacientes (16 homens), com idade de 55,9 ± 15,7 anos, em período pré-operatório de cirurgia abdominal. As variáveis pressão inspiratória máxima, pressão expiratória máxima e capacidade vital foram avaliadas através de um bocal rígido achatado e de uma máscara facial, em ordem randomizada. RESULTADOS: A avaliação com máscara facial não alterou de forma significativa os valores de capacidade vital e pressão inspiratória máxima, porém a pressão expiratória máxima foi significantemente menor do que quando avaliado com bocal rigido. A presença de escape aéreo ao redor da máscara durante a medida da pressão expiratória máxima foi observada em 60% das avaliações. Quando consideradas apenas as medidas de pressão expiratória máxima avaliadas sem a presença de escape de ar, os valores com o uso da máscara foram maiores do que os com o bocal. CONCLUSÃO: A avaliação da pressão inspiratória máxima e capacidade vital pode ser realizada com uso de máscara facial, sem interferência nos resultados obtidos. A avaliação da pressão expiratória máxima através de máscara facial mostrou-se adequado quando foi possível evitar o escape de ar ao redor da máscara, porém a grande prevalência de vazamentos e a conseqüente redução dos valores obtidos na avaliação tornam seu uso limitado. BACKGROUND: Measurement of maximal respiratory pressures and vital capacity are essential in evaluating respiratory function. However, methodological variations may interfere with the interpretation of results. OBJECTIVE: To compare values obtained using mouthpiece and face-mask evaluation methods in the measurement of maximal respiratory pressures and vital capacity. METHOD: We studied 30 patients (16 male), with a mean age of 55.9 ± 15.7, in the preoperative phase of abdominal surgery. Maximal inspiratory pressure and maximal expiratory pressure, as well as vital capacity, were evaluated using either a rigid flanged mouthpiece or a face mask, in randomized order. RESULTS: Evaluation with a face mask did not significantly alter vital capacity and maximal inspiratory pressure values, although maximal expiratory pressure values were significantly lower than when measured using a rigid mouthpiece. During measurement of maximal expiratory pressure, air leakage from around the mask was observed in 60% of cases. When maximal expiratory pressure measurements in which there was no such leakage were considered in isolation, face-mask values were higher than those obtained with the moutpiece CONCLUSION: With a face mask, maximal inspiratory pressure and vital capacity can be accurately evaluated. Maximal expiratory pressure can also be adequately evaluated using a face mask, provided that air leakage from the mask edges can be avoided. However, such leakage and the consequent reduction in the values obtained are common and limit the use of this method of evaluation.
ISSN:1806-3713
1806-3713
DOI:10.1590/S1806-37132004000600005