INTER-RELAÇÃO ENTRE PAISAGEM, ORGANIZAÇÃO FLORÍSTICO-ESTRUTURAL EDEMOGRAFIA DO COMPONENTE ARBÓREO EM FLORESTA COM ARAUCÁRIAS

Objetivou-se verificar as interações entre a configuração espacial da paisagem, a organização florísticoestrutural e as taxas demográficas do componente arbóreo em um sistema de fragmentos e corredores de Floresta com Araucárias em Lages, Santa Catarina. Para isso, foi elaborado um modelo conceitual...

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Published in:Ciência florestal Vol. 28; no. 1
Main Authors: Cruz, Aline Pereira, Higuchi, Pedro, Silva, Ana Carolina da, Kilca, Ricardo de Vargas, Dallabrida, Juliana Pizutti, Souza, Karine, Lima, Carla Luciane, Soboleski, Vanessa Fátima, Nunes, Amanda da Silva, Loebens, Rodineli
Format: Journal Article
Language:Portuguese
Published: Centro de Pesquisas Florestais - CEPEF, Departamento de Ciências Florestais - DCFL, Programa de Pós Graduação em Engenharia Florestal - PPGEF 22-01-2019
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Summary:Objetivou-se verificar as interações entre a configuração espacial da paisagem, a organização florísticoestrutural e as taxas demográficas do componente arbóreo em um sistema de fragmentos e corredores de Floresta com Araucárias em Lages, Santa Catarina. Para isso, foi elaborado um modelo conceitual das possíveis inter-relações, que foi avaliado pela técnica de Modelagem de Equações Estruturais. No ano de 2010, foram obtidos as métricas da paisagem (área, distância do vizinho mais próximo e relação borda e o interior da floresta) e os dados do primeiro inventário florestal. Foram alocadas parcelas permanentes em cinco fragmentos e corredor florestal, onde todos os indivíduos arbóreos com CAP (circunferência a altura do peito, medida a 1,30 do solo) igual ou superior a 15,7 cm foram identificados e mensurados. Em 2014 foi realizado o segundo inventário, com a inclusão de indivíduos recrutas, contagem de mortos e sobreviventes, e foram calculadas as taxas demográficas. Os dados foram analisados por meio da Análise de Componentes Principais (PCA), Análise de Coordenadas Principais (PCoA), Modelagem de Equações Estruturais e Modelos Lineares Generalizados (GLM). Os resultados demonstraram que a estrutura da paisagem (PCA 1) exerceu influência apenas sobre a organização florístico-estrutural do componente arbóreo, indicada pela distribuição preferencial de espécies arbóreas em função da intensidade da fragmentação. Por sua vez, as taxas demográficas (taxas de ganho e perda em área basal e de mortalidade) foram influenciadas por aspectos estruturais da vegetação (abundância e área basal). Conclui-se que existem variações florísticoestruturais associadas à configuração espacial dos fragmentos na paisagem e que as taxas demográficas apresentam relação com o estágio sucessional da floresta, sintetizado pelas variáveis estruturais de área basal e abundância. The aim of this study was to investigate the interactions among the landscape spatial configuration, the floristic-structural organization and demographic rates of the tree component of a system of araucaria forest fragments, in Lages, Santa Catarina state. To do so, we developed a conceptual model of inter-relationship that was evaluated by Structural Equation Modeling. In 2010, the landscape metrics (area, distance from the nearest neighbor and edge-core ratio) and first vegetation inventory data were obtained. Permanent plots were allocated in five forest fragments and forest corridor, where all tree individuals with cbh (circumference at breast height, measured at 1.30 ground) greater than or equal to 15.7 cm were identified and measured. In 2014, the second inventory was conducted, with the inclusion of recruits and counting dead and survivor's individuals, followed by the determination of demographic rates. The data were analyzed through Principal Component Analysis (PCA), Principal Coordinates Analysis (PCoA), Structural Equation Modelling, and Generalized Linear Models (GLM). The results showed that the landscape structure (PCA 1) had a significant influence only on the floristic-structural organization of the tree component, indicated by the preferential distribution of tree species in response to fragmentation intensity. In turn, the demographic rates (basal area gain and loss rates, and mortality rate) were influenced by structural aspects of vegetation (abundance and basal area). We conclude that there was floristic-structural variation associated to the spatial configuration of fragments in the landscape and that the demographics rates presented relation with forest successional stage, synthetized by structural variables of basal area and abundance.
ISSN:0103-9954