Impacto da pandemia de COVID-19 na incidência de violência sexual domiciliar contra crianças e adolescentes no Brasil

Resumo O objetivo do artigo é identificar o impacto da pandemia de COVID-19 na incidência de violência sexual de crianças e adolescentes no ambiente domiciliar no Brasil. Estudo ecológico de série temporal utilizando regressão joinpoint a partir de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notifi...

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Published in:Ciência & saude coletiva Vol. 29; no. 10
Main Authors: Oliveira, Marizângela Lissandra de, Nunes, Renata Adele de Lima, Oliveira, Fernando Virgílio Albuquerque de, Vale, Cecília Regina Sousa do, Gomes, Loyane Ellen Silva, Sena, Francisco Thiago Carneiro, Beserra, Mabell Kallyne Melo, Macena, Raimunda Hermelinda Maia
Format: Journal Article
Language:Portuguese
Published: ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva 2024
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Summary:Resumo O objetivo do artigo é identificar o impacto da pandemia de COVID-19 na incidência de violência sexual de crianças e adolescentes no ambiente domiciliar no Brasil. Estudo ecológico de série temporal utilizando regressão joinpoint a partir de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, período 2009-2021. Analisaram-se frequência relativa e taxas brutas de incidência de violência sexual ocorrida na residência contra a população de 0 a 19 anos, estimando-se variação percentual anual (APC) e variação percentual anual média (AAPC), com intervalo de confiança de 95%. A frequência relativa do agravo obteve maiores valores em 2020 (69,8%) e 2021 (71,7%), com aumento de 3,1% (p = 0,001) em 2017-2021. As meninas foram mais atingidas, com elevação das taxas em 2009-2012 (APC = 44,4; p = 0,010) e 2015-2019 (APC = 16,6; p = 0,017), porém queda em 2019-2021 (APC = -17,7; p = 0,042). Todas as faixas etárias apresentaram aumento significativo até 2019, e redução após esse ano para 5-9 anos (APC = -18,6; p = 0,016), 10-14 anos (APC = -14,1; p = 0,040) e 15-19 anos (APC = -18,4; p = 0,021). A redução nas taxas de incidência desse tipo de violência pode ter sofrido influência do contexto de isolamento social na pandemia de COVID-19, que levou à subnotificação dos casos.
ISSN:1678-4561
DOI:10.1590/1413-812320242910.00712023