Crescimento pôndero-estatural de crianças após adenoamigdalectomia

A hiperplasia adenoamigdaliana é a principal causa de obstrução das vias aéreas superiores em crianças, sendo muitas vezes associada à apnéia do sono. Esta, por sua vez, resulta em uma série de comprometimentos: baixo rendimento escolar, cor pulmonale, distúrbios de comportamento não específicos, hi...

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Published in:Revista brasileira de otorrinolaringologia Vol. 69; no. 2; pp. 193 - 196
Main Authors: Di Francesco, Renata C., Junqueira, Paula Andreya, Frizzarini, Ronaldo, Zerati, Fabio Elias
Format: Journal Article
Language:Portuguese
Published: ABORL-CCF Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial 01-03-2003
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Summary:A hiperplasia adenoamigdaliana é a principal causa de obstrução das vias aéreas superiores em crianças, sendo muitas vezes associada à apnéia do sono. Esta, por sua vez, resulta em uma série de comprometimentos: baixo rendimento escolar, cor pulmonale, distúrbios de comportamento não específicos, hiperatividade, sonolência diurna, distração e atrasos de desenvolvimento, sendo o déficit pôndero-estatural o mais grave. A adenoamigdalectomia é o tratamento de escolha. O objetivo deste trabalho é mensurar o crescimento e desenvolvimento das crianças antes e depois da adenoamigdalectomia através da comparação dos percentis pré e pós operatórios. FORMA DE ESTUDO: Clínico prospectivo randomizado. MATERIAL E MÉTODO: Cinquenta e cinco crianças de 2 a 12 anos, com história de obstrução das vias aéreas superiores por hiperplasia adenoamigdaliana foram submetidas a exame antropométrico (peso e altura), antes e 6 meses após a adenoamigdalectomia. Os dados foram transformados em percentil para peso e altura, de acordo com a idade e comparados através de análise estatística. RESULTADOS: No pré-operatório, encontramos a seguinte distribuição para o percentil altura: 78,2%, abaixo de p75 e para peso 70,9% abaixo de p50. No pós-operatório observou-se melhor distribuição das crianças: para altura 34,6% abaixo de p75, 32,8% entre p75-95 e 32,6% para p95 e acima e para peso: 35,5% abaixo de p50, 36,4% para p50-95 e 29,1% acima de p95. CONCLUSÃO: Observou-se uma melhora considerável do desenvolvimento pôndero-estatural das crianças após a adenoamigdalectomia.
ISSN:0034-7299
DOI:10.1590/S0034-72992003000200008