Prevalência de queixas supra-esofágicas em pacientes com doenças do refluxo erosiva e não-erosiva

RACIONAL: Na doença do refluxo gastroesofágico pode-se encontrar, como parte do quadro clínico da doença, queixas respiratórias, otorrinolaringológicas, dor torácica ou disfagia. As duas primeiras são intituladas de manifestações supra-esofágicas da doença. É discutível a prevalência destas alteraçõ...

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Published in:Arquivos de gastroenterologia Vol. 44; no. 1; pp. 39 - 43
Main Authors: Aguero, Gustavo Cálcena, Lemme, Eponina M. O., Alvariz, Ângela, Carvalho, Beatriz Biccas, Schechter, Rosana B., Abrahão Jr, Luiz
Format: Journal Article
Language:Portuguese
Published: Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia e Outras Especialidades - IBEPEGE 01-03-2007
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Summary:RACIONAL: Na doença do refluxo gastroesofágico pode-se encontrar, como parte do quadro clínico da doença, queixas respiratórias, otorrinolaringológicas, dor torácica ou disfagia. As duas primeiras são intituladas de manifestações supra-esofágicas da doença. É discutível a prevalência destas alterações em pacientes com doença do refluxo gastroesofágico nas formas erosiva e não-erosiva. OBJETIVOS: Avaliar a prevalência de manifestações supra-esofágicas em pacientes com doenças do refluxo erosiva e não-erosiva. MÉTODOS: Foram revistas as fichas de pacientes que realizaram endoscopia digestiva alta, esofagomanometria e pHmetria prolongada nos últimos 5 anos, na investigação de doença do refluxo gastroesofágico (pirose como queixa principal), em que havia informações a respeito de queixas respiratórias e otorrinolaringológicas. Foram selecionados pacientes com doença do refluxo erosiva (graus I a III, pela classificação de Savary-Miller) e com doença do refluxo não-erosiva (endoscopia negativa, com pHmetria prolongada anormal). A análise estatística utilizou o teste de qui-quadrado. RESULTADOS: Duzentos e oitenta pacientes preencheram os critérios de inclusão, sendo 162 com doença do refluxo erosiva (70% com esofagite grau I) e 118 com doença do refluxo não-erosiva. No grupo total, 88 apresentavam queixas otorrinolaringológicas (31%), com predomínio de rouquidão e pigarro e 42, queixas respiratórias (15%), predominando a tosse crônica. Dos pacientes com queixas otorrinolaringológicas, 45 pertenciam ao grupo doença do refluxo erosiva (28%) e 43 ao grupo doença do refluxo não-erosiva (36,4%). Em relação aos com queixas respiratórias, 21 pacientes (13%) pertenciam ao grupo doença do refluxo erosiva e 21 (18%) ao grupo doença do refluxo não-erosiva. CONCLUSÃO: Não houve diferença entre a prevalência das queixas supra-esofágicas em pacientes com doenças do refluxo erosiva e não-erosiva.
ISSN:1678-4219
DOI:10.1590/S0004-28032007000100009