Sarampo: idade ótima e número de doses recomendadas para a vacinação no Brasil

Este estudo foi inicialmente conduzido em população adulta normal, compreendendo doadores de Banco de Sangue, estudantes universitários e parturientes, totalizando 889 indivíduos. Foi observado que cerca de 87% desta população apresentava anticorpos específicos para o sarampo, e que o mesmo porcentu...

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Published in:Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo Vol. 27; no. 2; pp. 55 - 65
Main Authors: SOERENSEN, B, TAKEDA, A. K, NAKANDAKARE, I. K, DE CARVALHO CURI, L, UMEKITA, L. F, ZUCCAS, W. A, GUIDONI, R, MAGALHAES, E, SANTIAGO BRITTO, S, COUTINHO FEIJO, I
Format: Journal Article
Language:English
Portuguese
Published: São Paulo Instituto de Medicina Tropical de São Paulo 01-04-1985
Instituto de Medicina Tropical
Universidade de São Paulo (USP)
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Description
Summary:Este estudo foi inicialmente conduzido em população adulta normal, compreendendo doadores de Banco de Sangue, estudantes universitários e parturientes, totalizando 889 indivíduos. Foi observado que cerca de 87% desta população apresentava anticorpos específicos para o sarampo, e que o mesmo porcentual de positividade observado nas gestantes, foi encontrado nos seus respectivos conceptos dada a passagem transplacentária dos anticorpos maternos. Foi verificado o declínio desses anticorpos após o 4.° mês, do recém-nato. Os resultados à vacinação contra o sarampo foi estudada em 1268 crianças divididas em três grupos: I) vacinadas aos 7 meses e revacinadas aos 15 meses; II) vacinadas aos 9 meses e III) vacinadas aos 7 meses e revacinadas aos 9 meses. Os resultados deste estudo indicam que apesar da resposta à vacinação ter sido mais eficiente no grupo de crianças maiores, é importante que se vacine aos 7 meses de idade, embora a porcentagem de soroconversão tenha sido de 50%. Esta medida deve ser levada em consideração, tendo em vista que a mortalidade por sarampo em crianças com menos de 1 ano representa a metade dos óbitos pela doença. Foi verificado que após a aplicação da 2.° dose, não houve diferença quanto à soroconversão, tanto no grupo revacinado 2 meses ou 8 meses após a 1.º dose da vacina. Portanto, a vacinação aos 7 meses é necessária, visando diminuir a mortalidade e a morbidade dentro do 1.º ano de vida, e a revacinação aos 9 meses, a fim de imunizar as crianças não beneficiadas com a 1.ª dose.
ISSN:0036-4665
1678-9946
1678-9946
DOI:10.1590/S0036-46651985000200001