ANÁLISE DA FREQUÊNCIA DE COINFECÇÕES POR SARS-COV-2 E DENV E AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE DAS COINFECÇÕES EM RELAÇÃO ÀS MONOINFECÇÕES
Paralelo à pandemia de COVID-19, Brasil continuou a enfrentar doenças tropicais como a Dengue. Mas, segundo os Boletins Epidemiológicos, os casos de Dengue no Brasil em 2020 foram subnotificados. O objetivo deste estudo é identificar a frequência de coinfecções por SARS-CoV-2 e DENV e avaliar a grav...
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Published in: | The Brazilian journal of infectious diseases Vol. 26; p. 102003 |
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Main Authors: | , , , , , , |
Format: | Journal Article |
Language: | English |
Published: |
Elsevier España, S.L.U
01-01-2022
Published by Elsevier Editora Ltda Elsevier |
Subjects: | |
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Summary: | Paralelo à pandemia de COVID-19, Brasil continuou a enfrentar doenças tropicais como a Dengue. Mas, segundo os Boletins Epidemiológicos, os casos de Dengue no Brasil em 2020 foram subnotificados. O objetivo deste estudo é identificar a frequência de coinfecções por SARS-CoV-2 e DENV e avaliar a gravidade das coinfecções em relação às monoinfecções. Amostras de plasma de 143 pacientes COVID-19 de 2020, 15 doadores saudáveis e 15 pacientes com infecção por DENV de 2013 foram avaliados. Ensaios imunoenzimáticos utilizando testes comerciais foram realizados: Anti-SARS-CoV-2 IgA e IgG (Euroimmun), proteína NS1 do DENV (Platelia), anti-DENV IgM e IgG (Euroimmun). Dentre os doadores saudáveis foi detectado 75% de IgG anti-DENV; dentre os COVID-19, 75,9% IgA anti SARS-CoV-2, 66,7% IgG anti SARS-CoV-2, 80% IgG anti-DENV e por fim, IgM anti-DENV em 6 (4%) casos; dentre os casos confirmados de Dengue, IgA anti SARS-CoV-2 foi detectado em 1 caso (8,3%), IgG anti-SARS-CoV-2 em nenhum caso, NS1 de DENV em 41,7% e IgM anti-DENV em 33,3%. De acordo com o desfecho clínico, a presença ou não de sinais/sintomas no momento da coleta da amostras, os pacients COVID-19 foram reagrupados em brandos/moderados, graves, óbitos e aqueles já recuperados dos sinais/sintomas. Os 6 casos de COVID-19/Dengue também foram avaliados separadamente. Observamos que idosos são maioria em COVID-19 graves e óbitos; mulheres são maioria dos COVID-19 recuperados; tosse é mais frequente em COVID-19; cefaléia, mialgia/artralgia e vômito são mais frequentes na Dengue; pacientes COVID-19/Dengue foram aqueles com alterações vasculares. As DO IgA anti-SARS-CoV-2 foram mais elevadas nos COVID-19 graves, óbitos e COVID-19/Dengue comparados aos doadores saudáveis e pacientes Dengue; as DO IgG anti-SARS-CoV-2 foram mais elevadas nos COVID-19 comparados aos doadores saudáveis e pacientes Dengue; as DO IgA e IgG anti SARS-CoV-2 foram maiores nos COVID-19 óbitos comparado aos recuperados; COVID-19 recuperados ainda mantém níveis de detecção de IgA e IgG anti-SARS-CoV-2 detectáveis. Há diferenças clínicas, demográficas e de detecção de anticorpos anti-SARS-CoV-2 entre pacientes COVID-19 de acordo com o desfecho clínico e dias da doença. Até o momento, 6% de casos de COVID-19 com sugestiva infecção recente por DENV foram identificados. Os casos de coinfecção SARS-CoV-2/DENV estão sendo confirmados por RT-PCR DENV e esperamos a partir desses resultados, tirar mais conclusões. |
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ISSN: | 1413-8670 1678-4391 |
DOI: | 10.1016/j.bjid.2021.102003 |