TUBERCULOSE PULMONAR NA POPULAÇÃO IDOSA DO ESTADO DO PARANÁ: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E SOCIODEMOGRÁFICO

O combate à tuberculose persiste como desafio para a saúde pública no Brasil. E quando associado ao envelhecimento populacional, os idosos são mais susceptíveis a diversas doenças, entre elas a tuberculose. Assim, objetivou-se caracterizar os casos de tuberculose pulmonar notificados na população ma...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Published in:The Brazilian journal of infectious diseases Vol. 27; p. 103666
Main Authors: Novaes, Laura Alves Moreira, Sakai, Andressa Midori, de Lima, Larissa Cristina Santos, dos Santos, Lívia Laís Coutinho, Lazaretti, Maria Fernanda Milani, Alves, Maria Gabrielle Felizardo, de Mattos, Tissiane Soares Seixas, de Araujo Ferreira, Natalia Marciano, Tomita, Giovanna Yamashita, de Arruda Faggion, Renata Pires, Gregorio, Francielly Palhano, Kerbauy, Gilselena, Pieri, Flávia Meneguetti
Format: Journal Article
Language:English
Published: Elsevier España, S.L.U 01-10-2023
Elsevier
Subjects:
Online Access:Get full text
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
Description
Summary:O combate à tuberculose persiste como desafio para a saúde pública no Brasil. E quando associado ao envelhecimento populacional, os idosos são mais susceptíveis a diversas doenças, entre elas a tuberculose. Assim, objetivou-se caracterizar os casos de tuberculose pulmonar notificados na população maior de 60 anos, entre os anos de 2016 a 2021, no estado do Paraná, segundo os fatores sociodemográficos e epidemiológicos. Trata-se de um estudo quantitativo e transversal, utilizando banco de dados do Sistema de Informações de Agravos e Notificação, no período de 2016 a 2021. Os dados foram analisados por meio do software Statistical Package for the Social Science, versão 22.0, por meio de frequência simples e relativa e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob CAAE (38855820.6.0000.5231). Foram notificados 1623 casos de tuberculose pulmonar em idosos de 60 a 97 anos. Quanto ao perfil sociodemográfico, 71% (n = 1152) eram do sexo masculino, 70,2% (n = 1139) cor branca, 8,5% com idade de 61 anos, 59,2% (n = 961) com até 9 anos de estudo, 26,5% (n = 430) estudaram da 1ª à 4ª série do fundamental, 89,7% (n = 1456) residentes em zona urbana, 96,3% (n = 1563) sem privação de liberdade, 95,0% (n = 1542) não estavam em situação de rua e 81,9% (n = 1329) não eram beneficiários de programas de transferência de renda do governo. Com relação ao tipo de casos 84,5% (n = 1372) eram casos novos, 6,4%(n=104) transferência, 6,3% (n =102) recidiva, 1,1% (n = 18) abandono, 0,8% (n = 13) eram pós óbitos e 0,9% (n = 14) não referido. Para o diagnóstico 81,6% (n = 1325) apresentaram raios-X de tórax suspeito, 53,7% (n = 871) baciloscopia de escarro positiva 28,5% (n = 462) cultura de escarro positiva. Aos agravos associados, destaca-se diabetes mellitus 21,1% (n = 343) e tabagistas 26,2% (n = 425). No encerramento dos casos, 53,7% (n = 872) evoluíram para cura, 2,2% (n = 35) abandono e 0,1% (n = 1) abandono primário. Quanto ao perfil epidemiológico, 31,1% (n = 504) dos casos ocorreram na 2ª Regional de Saúde do estado e em relação ao porte dos municípios, aqueles de grande porte 57,9% (n = 939) e pequeno porte 34,1% (n = 554) foram os mais notórios. O ano de 2021 apresentou a maior taxa (22,9%) e 2019 à menor (7,8%). A maioria dos casos de tuberculose em idosos foi do sexo masculino, raça/cor branca, com baixa escolaridade e um aumento de casos no ano de 2021, reforçando a necessidade de realizar ações mais assertivas de controle e acompanhamento nessa população.
ISSN:1413-8670
DOI:10.1016/j.bjid.2023.103666