Pluralizar o universal: guerra e paz na obra de Hannah Arendt

Cada teoria tem sua biografia. A obra de Hannah Arendt sobre o totalitarismo nasceu de suas vivências como judia alemã, desterrada de seu próprio país. Em seu pensamento inconformista, ocupa um lugar central a noção de pária, que inspira uma filosofia política na qual busca conciliar liberdade intel...

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Published in:Mana (Rio de Janeiro, Brazil) Vol. 8; no. 1; pp. 93 - 112
Main Author: Stolcke, Verena
Format: Journal Article
Language:English
Portuguese
Published: Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social - PPGAS-Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ 01-04-2002
Universidade Federal do Rio de Janeiro
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Summary:Cada teoria tem sua biografia. A obra de Hannah Arendt sobre o totalitarismo nasceu de suas vivências como judia alemã, desterrada de seu próprio país. Em seu pensamento inconformista, ocupa um lugar central a noção de pária, que inspira uma filosofia política na qual busca conciliar liberdade intelectual e compromisso político. Subjacente a esta filosofia, encontra-se uma antropologia humanista cujo núcleo é uma concepção da experiência humana compartilhada cuja diversidade reside precisamente em uma liberdade criativa originária. Ela desafia assim as fronteiras e identidades exclusivas, fruto do Estado nacional moderno, e propõe em seu lugar uma cultura cívica e uma justiça que transcendam os marcos nacionais.
ISSN:1678-4944
0104-9313
1678-4944
DOI:10.1590/S0104-93132002000100004