Pandemia e civilização: reflexões sobre a religiosidade latente dos contágios
From an anthropological point of view, once linked to a perspective on formative process, an all-encompassing critical crisis in the medical field can, nevertheless, vivify core religious questions, even though, later, it becomes restricted (or not) to a figurative scope. What is most impressive, ho...
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Published in: | Ephata Vol. 3; no. 2; pp. 71 - 98 |
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Format: | Journal Article |
Language: | English Portuguese |
Published: |
Universidade Católica Portuguesa, Faculdade de Teologia
01-11-2021
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Summary: | From an anthropological point of view, once linked to a perspective on formative process, an all-encompassing critical crisis in the medical field can, nevertheless, vivify core religious questions, even though, later, it becomes restricted (or not) to a figurative scope. What is most impressive, however, is the realization of how, in our current pandemic crisis, a worldwide crisis, derived from SARS-CoV-2 virus, public health issues, strictly medical in their core, have been irreparably plunged into a much more complex and wide social stock, something that mimetic theory would have envisaged. Suddenly, as if by magic, a virus outbreak was turned into an international crisis of economic, political, and cultural magnitudes, with undeniable ethical repercussions. Before this increasingly unstable scenario, steadily undifferentiated, but, on the other hand, one that is highly promising, regarding the presumed emergence of new social models, promisingly detached from violence, we support in this article that mimetic theory continues to be a very useful sociological tool, in fact, an analytical resource for the assessment of social processes and an efficient means to think of new models for our current cultural life.
De um ponto de vista antropológico, quando associado a processos formativos, uma crise abrangente e mesmo crítica no campo da saúde pública pode vivificar, não obstante, questões religiosas de base, ainda que, posteriormente, restrinja-se (ou não) ao âmbito figurativo. O aspecto notável, contudo, é a constatação de uma crise sanitária muito aguda, uma virose pandêmica proveniente do SARS-CoV-2, na qual questões primeiras de saúde pública, estritamente médicas de início, foram irreparavelmente mergulhadas numa esfera social e cultural muito maior e mais complexa, conforme antecipável pela teoria mimética. De repente, como num passe de mágica, um surto virótico transformou-se em crise internacional de ordem econômica, política e ideológico-cultural, com inegáveis desdobramentos éticos. Diante desse quadro crescentemente instável, mas, por outro lado, altamente esperançoso, no que se refere à possibilidade de adoção de novos modelos de vida social, potencialmente apartados de certa violência constitutiva, defendemos neste artigo que a teoria mimética pode ser muito proveitosa em nossos tempos, tanto como ferramenta analítica na compreensão dos processos sociais, mas também como meio eficaz para pensar a adoção de novos modelos culturais e econômicos. |
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ISSN: | 2795-4900 2184-5778 |
DOI: | 10.34632/ephata.2021.9707 |