Práticas de ressuscitação volêmica em unidades de terapia intensiva brasileiras: uma análise secundária do estudo Fluid-TRIPS

RESUMO Objetivo: Descrever as práticas de ressuscitação volêmica em unidades de terapia intensiva brasileiras e compará-las com as de outros países participantes do estudo Fluid-TRIPS. Métodos: Este foi um estudo observacional transversal, prospectivo e internacional, de uma amostra de conveniência...

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Published in:Revista Brasileira de Terapia Intensiva Vol. 33; no. 2; pp. 206 - 218
Main Authors: Flavio Geraldo Rezende de Freitas, Naomi Hammond, Yang Li, Luciano Cesar Pontes de Azevedo, Alexandre Biasi Cavalcanti, Leandro Taniguchi, André Gobatto, André Miguel Japiassú, Antonio Tonete Bafi, Bruno Franco Mazza, Danilo Teixeira Noritomi, Felipe Dal-Pizzol, Fernando Bozza, Jorge Ibrahin Figueira Salluh, Glauco Adrieno Westphal, Márcio Soares, Murillo Santucci César de Assunção, Thiago Lisboa, Suzana Margarete Ajeje Lobo, Achilles Rohlfs Barbosa, Adriana Fonseca Ventura, Ailson Faria de Souza, Alexandre Francisco Silva, Alexandre Toledo, Aline Reis, Allan Cembranel, Alvaro Rea Neto, Ana Lúcia Gut, Ana Patricia Pierre Justo, Ana Paula Santos, André Campos D. de Albuquerque, André Scazufka, Antonio Babo Rodrigues, Bruno Bonaccorsi Fernandino, Bruno Goncalves Silva, Bruno Sarno Vidal, Bruno Valle Pinheiro, Bruno Vilela Costa Pinto, Carlos Augusto Ramos Feijo, Carlos de Abreu Filho, Carlos Eduardo da Costa Nunes Bosso, Carlos Eduardo Nassif Moreira, Carlos Henrique Ferreira Ramos, Carmen Tavares, Cidamaiá Arantes, Cintia Grion, Ciro Leite Mendes, Claudio Kmohan, Claudio Piras, Cristine Pilati Pileggi Castro, Cyntia Lins, Daniel Beraldo, Daniel Fontes, Daniela Boni, Débora Castiglioni, Denise de Moraes Paisani, Durval Ferreira Fonseca Pedroso, Ederson Roberto Mattos, Edgar de Brito Sobrinho, Edgar M. V. Troncoso, Edison Moraes Rodrigues Filho, Eduardo Enrico Ferrari Nogueira, Eduardo Leme Ferreira, Eduardo Souza Pacheco, Euzebio Jodar, Evandro L. A. Ferreira, Fabiana Fernandes de Araujo, Fabiana Schuelter Trevisol, Fábio Ferreira Amorim, Fabio Poianas Giannini, Fabrício Primitivo Matos Santos, Fátima Buarque, Felipe Gallego Lima, Fernando Antonio Alvares da Costa, Fernando Cesar dos Anjos Sad, Fernando G. Aranha, Fernando Ganem, Flavio Callil, Francisco Flávio Costa Filho, Frederico Toledo Campo Dall´Arto, Geovani Moreno, Gilberto Friedman, Giulliana Martines Moralez, Guilherme Abdalla da Silva, Guilherme Costa, Guilherme Silva Cavalcanti, Gustavo Navarro Betônico, Hélder Reis, Helia Beatriz N. Araujo, Helio Anjos Hortiz Júnior, Helio Penna Guimaraes, Hugo Urbano, Israel Maia, Ivan Lopes Santiago Filho, Jamil Farhat Júnior, Janu Rangel Alvarez, Joel Tavares Passos, Jorge Eduardo da Rocha Paranhos, José Aurelio Marques, José Gonçalves Moreira Filho
Format: Journal Article
Language:English
Portuguese
Published: Associação de Medicina Intensiva Brasileira 01-07-2021
Subjects:
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Summary:RESUMO Objetivo: Descrever as práticas de ressuscitação volêmica em unidades de terapia intensiva brasileiras e compará-las com as de outros países participantes do estudo Fluid-TRIPS. Métodos: Este foi um estudo observacional transversal, prospectivo e internacional, de uma amostra de conveniência de unidades de terapia intensiva de 27 países (inclusive o Brasil), com utilização da base de dados Fluid-TRIPS compilada em 2014. Descrevemos os padrões de ressuscitação volêmica utilizados no Brasil em comparação com os de outros países e identificamos os fatores associados com a escolha dos fluidos. Resultados: No dia do estudo, foram incluídos 3.214 pacientes do Brasil e 3.493 pacientes de outros países, dos quais, respectivamente, 16,1% e 26,8% (p < 0,001) receberam fluidos. A principal indicação para ressuscitação volêmica foi comprometimento da perfusão e/ou baixo débito cardíaco (Brasil 71,7% versus outros países 56,4%; p < 0,001). No Brasil, a percentagem de pacientes que receberam soluções cristaloides foi mais elevada (97,7% versus 76,8%; p < 0,001), e solução de cloreto de sódio a 0,9% foi o cristaloide mais comumente utilizado (62,5% versus 27,1%; p < 0,001). A análise multivariada sugeriu que os níveis de albumina se associaram com o uso tanto de cristaloides quanto de coloides, enquanto o tipo de prescritor dos fluidos se associou apenas com o uso de cristaloides. Conclusão: Nossos resultados sugerem que cristaloides são usados mais frequentemente do que coloides para ressuscitação no Brasil, e essa discrepância, em termos de frequências, é mais elevada do que em outros países. A solução de cloreto de sódio 0,9% foi o cristaloide mais frequentemente prescrito. Os níveis de albumina sérica e o tipo de prescritor de fluidos foram os fatores associados com a escolha de cristaloides ou coloides para a prescrição de fluidos.
ISSN:1982-4335
DOI:10.5935/0103-507x.20210028