DE APÁTÊ A PSEÛDÊS. OU: DE COMO MÊTIS TORNA-SE UM PROBLEMA À FILOSOFIA MORAL
Discutimos neste artigo a questão acerca de como as práticas de engano vêm a se tornar um problema à filosofia moral e de como poderiam ser pensadas para além do crivo dessa condenação. Como procuramos defender, uma resposta a esta pergunta remeteria ao pensamento grego, particularmente ao pensament...
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Published in: | Philósophos (Samambaia, Brazil) Vol. 20; no. 2; p. 55 |
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Format: | Journal Article |
Language: | English |
Published: |
06-03-2016
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Summary: | Discutimos neste artigo a questão acerca de como as práticas de engano vêm a se tornar um problema à filosofia moral e de como poderiam ser pensadas para além do crivo dessa condenação. Como procuramos defender, uma resposta a esta pergunta remeteria ao pensamento grego, particularmente ao pensamento platônico nos diálogos: Hípias menor e A república, tendo como horizonte o problema da desambiguação da Alêtheia e a exclusão, pelo pensamento filosófico, das formas de inteligência astuciosa que os gregos atribuíam à deusa Mêtis. Por outro lado, implicaria também uma distinção de perspectivas inerente ao que chamamos de engano, que põe em lados opostos o enganador e o enganado, a partir do reconhecimento ou não do engano. Sob esse viés, defendemos que, para os gregos, o problema não estaria no engano propriamente dito – embora o pensamento platônico aponte para isto – mas no ser enganado, e principalmente, autoenganado. |
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ISSN: | 1414-2236 1982-2928 |
DOI: | 10.5216/phi.v20i2.35964 |