Investigação molecular de Ehrlichia canis, Anaplasma platys, Anaplasma phagocytophilum e Rickettsia spp. em felídeos selvagens cativos

RESUMO: Doenças transmitidas por vetores estão emergindo e reemergindo em todo o mundo, representando um desafio na medicina humana e veterinária. Entre essas doenças estão aquelas causadas pelos agentes da ordem das Rickettsiales, que são bactérias Gram-negativas intracelulares obrigatórias, com ca...

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Published in:Pesquisa Veterinária Brasileira Vol. 38; no. 3; pp. 528 - 535
Main Authors: Giovana A. Mazzotti, Wanessa A.C. Silva, Filipe T. Carneiro, Marcela C. Scalon, Mariana A. Lima, Marianne A. Teixeira, Alice C.F. Lima, Giane R. Paludo
Format: Journal Article
Language:English
Portuguese
Published: Colégio Brasileiro de Patologia Animal (CBPA) 01-03-2018
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Description
Summary:RESUMO: Doenças transmitidas por vetores estão emergindo e reemergindo em todo o mundo, representando um desafio na medicina humana e veterinária. Entre essas doenças estão aquelas causadas pelos agentes da ordem das Rickettsiales, que são bactérias Gram-negativas intracelulares obrigatórias, com capacidade de infectar vários animais e seres humanos. As Rickettsiales das espécies Ehrlichia spp. e Anaplasma spp. são observadas em vacúolos citoplasmáticos de leucócitos e plaquetas. As Rickettsiales da espécie Rickettsia spp. infectam livremente citoplasma ou núcleo de células hospedeiras. O objetivo do presente estudo foi investigar a infecção natural por Ehrlichia canis, Anaplasma platys, Anaplasma phagocytophilum e Rickettsia spp. em felídeos selvagens cativos no Distrito Federal e Goiás, Brasil. Além disso, também objetivou-se relacionar possíveis alterações hematológicas decorrentes da presença desses agentes. Amostras de sangue de 34 animais foram analisadas por meio da PCR para detecção de presença de DNA desses agentes. O DNA de Ehrlichia canis foi detectado em 5,8% (2/34) das amostras, A. platys foi detectado 64,7% (22/34), A. phagocytophilum foi detectado em 5,8% (2/34). O DNA de Rickettsia spp. não foi detectado em nenhuma amostra. Dois felídeos apresentaram coinfecção por E. canis e A. platys e dois apresentaram coinfecção por A. platys e A. phagocytophilum. Não houve diferenças significativas nos dados hematológicos das amostras positivas e negativas. Os dados sugerem que os felídeos selvagens cativos podem servir como potenciais reservatórios para Ehrlichia spp. e Anaplasma spp., a despeito de não ocasionarem alterações hematológicas.
ISSN:1678-5150
DOI:10.1590/1678-5150-pvb-5342