EFEITOS DA CANOAGEM ADAPTADA SOBRE O SISTEMA CARDIOPULMONAR DE PARAPLÉGICOS
RESUMO Introdução: As doenças cardiovasculares e pulmonares estão entre as principais causas de morbidade e mortalidade de indivíduos com lesão medular (LM). O treinamento físico pode ser uma alternativa terapêutica para prevenir ou amenizar complicações cardiopulmonares nessa população. Objetivo: A...
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Published in: | Revista brasileira de medicina do esporte Vol. 22; no. 5; pp. 386 - 392 |
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Main Authors: | , , , , , |
Format: | Journal Article |
Language: | English Portuguese |
Published: |
Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte
01-10-2016
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Summary: | RESUMO Introdução: As doenças cardiovasculares e pulmonares estão entre as principais causas de morbidade e mortalidade de indivíduos com lesão medular (LM). O treinamento físico pode ser uma alternativa terapêutica para prevenir ou amenizar complicações cardiopulmonares nessa população. Objetivo: Avaliar os efeitos do treinamento com canoagem adaptada, constituído por exercícios combinados (aeróbicos e de força), sobre variabilidade da frequência cardíaca (VFC), função pulmonar e força muscular respiratória de pessoas paraplégicas em decorrência da LM. Métodos: Participaram do estudo seis paraplégicos, cinco homens e uma mulher, média de idade de 31,50 ± 7,68 anos e índice de massa corporal médio de 24,00 ± 1,13 kg/m², nível de lesão de T4 a T9, que realizaram treinamento com canoagem adaptada por três meses. Os indivíduos foram avaliados por VFC, espirometria e manovacuometria antes e depois do treinamento. Resultados: Após o treinamento houve aumento não significativo de RR (12,7%), SDNN (24,3%), rMSSD (50,0%), pNN50 (478,6%), LF (ms²) (53,3%), HF (ms²) (158,8%), SD1 (50,6%), SD2 (23,2%) e SampEn (20,2%). Os índices HF (u.n) e LF/HF tiveram redução não significativa de 5,7 e 7,0%, respectivamente. Os maiores ganhos respiratórios foram para VVM (9,7%), Pimáx (8,5%) e Pemáx (11,0%), porém, não foram significativos. Conclusão: O protocolo proposto de três meses de canoagem adaptada não foi capaz de promover efeitos significativos sobre os parâmetros cardiopulmonares avaliados em indivíduos paraplégicos pós-LM, porém se observa uma tendência de melhora da maioria desses parâmetros. Nesse sentido, provavelmente, o estímulo de treinamento foi insuficiente.
ABSTRACT Introduction: Cardiovascular and pulmonary diseases are among the leading causes of morbidity and mortality in individuals with spinal cord injury (SCI). Physical training can be an alternative therapy to prevent or mitigate cardiopulmonary complications in this population. Objective: To evaluate the effects of training with adapted canoeing, consisting of combined exercise (aerobic and strength) on heart rate variability (HRV), pulmonary function and respiratory muscle strength in paraplegics due to SCI. Methods: The study included six paraplegics, five men and one woman, average age of 31.50 ± 7.68 years and mean body mass index of 24.00 ± 1.13 kg/m², level of injury T4 to T9, who underwent training with adapted canoeing for three months. Subjects were evaluated by HRV, spirometry and manovacuometer before and after the training period. Results: After training there was no significant increase in RR (12.7%), SDNN (24.3%), rMSSD (50.0%), pNN50 (478.6%), LF (ms²) (53.3%), HF (ms²) (158.8%) SD1 (50.6%), SD2 (23.2%) and SampEn (20.2%). The HF indices (un) and LF/HF showed no significant decrease of 5.7 and 7.0%, respectively. The highest breathing gains were for MVV (9.7%), MIP (8.5%) and MEP (11.0%), being however not significant. Conclusion: The proposed protocol of three months of adapted canoeing failed to promote significant effects on cardiopulmonary parameters evaluated in paraplegic subjects after SCI, but we observe the trend of improvement in most of these parameters. In this sense, probably the training stimulus was insufficient.
RESUMEN Introducción: Las enfermedades cardiovasculares y pulmonares se encuentran entre las principales causas de morbilidad y mortalidad en las personas con lesión de la médula espinal (LME). El entrenamiento físico puede ser una alternativa terapéutica para prevenir o mitigar las complicaciones cardiopulmonares en esta población. Objetivo: Evaluar los efectos del entrenamiento con piragüismo adaptado, que consiste en el ejercicio combinado (aeróbico y fuerza) en la variabilidad de la frecuencia cardiaca (VFC), la función pulmonar y la fuerza de los músculos respiratorios en los parapléjicos debido a LME. Métodos: El estudio incluyó seis parapléjicos, cinco hombres y una mujer, la edad promedio fue 31.50 ± 7,68 años y el índice de masa corporal promedio fue 24,00 ± 1,13 kg/m² y nivel de la lesión de T4 a T9, que se sometieran a entrenamiento de piragüismo adaptado con duración de tres meses. Los sujetos fueron evaluados por la VFC, la espirometría y el manovacuómetro antes y después del entrenamiento. Resultados: Después del entrenamiento no hubo un aumento significativo en RR (12,7%), SDNN (24,3%), rMSSD (50,0%), pNN50 (478,6%), LF (ms²) (53,3 %), HF (ms²) (158,8%), SD1 (50,6%), SD2 (23,2%) y SampEn (20,2%). Los índices de HF (u.n) y LF/HF tuvieron una reducción no significativa de 5,7% y 7,0%, respectivamente. Las mayores ganancias respiratorias fueran de MVV (9,7%), PImáx (8,5%) y PEmáx (11,0%), sin embargo, no fueron significativas. Conclusión: El protocolo propuesto de tres meses de piragüismo adaptado no fue capaz de promover efectos significativos en los parámetros cardiopulmonares evaluados en parapléjicos post-LME, pero se observó una tendencia al mejoramiento de la mayoría de estos parámetros. En este sentido, probablemente el estímulo de entrenamiento ha sido insuficiente. |
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ISSN: | 1517-8692 1806-9940 1517-8692 |
DOI: | 10.1590/1517-869220162205154030 |