Fisioterapia nas Disfunções Miccionais em Mulheres Tratadas de Cânceres Pélvicos: Revisão Sistemática da Literatura

Introdução: Os tratamentos cirúrgicos ou adjuvantes dos cânceres ginecológicos podem desencadear sequelas, entre elas, as disfunções miccionais: incontinência urinária, retenção urinária e bexiga hiperativa. A primeira linha de tratamento dessas disfunções consiste em tratamentos conservadores, incl...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Published in:Revista Brasileira de Cancerologia Vol. 69; no. 2
Main Authors: Santos, Ariane Maria Dias dos, Reis, Gabriela de Jesus, Giron, Patrícia Santolia, Rizzi, Samantha Karlla Lopes de Almeida
Format: Journal Article
Language:English
Published: Instituto Nacional de Câncer (INCA) 19-05-2023
Subjects:
Online Access:Get full text
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
Description
Summary:Introdução: Os tratamentos cirúrgicos ou adjuvantes dos cânceres ginecológicos podem desencadear sequelas, entre elas, as disfunções miccionais: incontinência urinária, retenção urinária e bexiga hiperativa. A primeira linha de tratamento dessas disfunções consiste em tratamentos conservadores, incluindo a fisioterapia, o que torna importante revisar a literatura vigente sobre o tema. Objetivo: Revisar na literatura a atuação do fisioterapeuta nas disfunções miccionais em mulheres tratadas de cânceres pélvicos. Método: Revisão sistemática, com estratégias de busca nas bases de dados PubMed, Embase e Cochrane, utilizando a ferramenta PICO: P – mulheres tratadas de cânceres pélvicos, I – fisioterapia ou eletroterapia, C – “nenhum/não se aplica”, e O – disfunções pélvicas. Resultados: Foram encontrados 93 estudos. Destes, selecionaram-se sete para leitura do texto completo e extração de dados. Dos três artigos que abordam o manejo da incontinência urinária, todos utilizaram o treinamento da musculatura do assoalho pélvico como pelo menos um dos procedimentos fisioterapêuticos, tendo metodologia semelhante. Dos quatro artigos que abordam a retenção urinária, em dois, houve utilização de estimulação elétrica transcutânea e, nos outros dois, treinamento funcional da musculatura do assoalho pélvico. Os estudos mostraram uma melhora dos sintomas relacionados à incontinência e retenção urinária, no entanto, a qualidade metodológica de alguns estudos foi baixa. Conclusão: A fisioterapia é um tratamento promissor no manejo de disfunções miccionais no pós-tratamento de cânceres pélvicos. No entanto, a evidência atual deve ser vista com parcimônia em razão da qualidade metodológica dos estudos.
ISSN:2176-9745
2176-9745
DOI:10.32635/2176-9745.RBC.2023v69n2.3601