Controle glicêmico no mundo real de diabéticos acompanhados por 7 anos em grupos terapêuticos

Introdução: Grandes estudos demonstraram que manter um controle glicêmico com HbA1c abaixo de 7% previne ou retarda o desenvolvimento de complicações micro e macrovasculares, mas apesar dos avanços na compreensão do diabetes e da disponibilidade de novos medicamentos e tecnologias, o gerenciamento g...

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Published in:Jornal de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia Vol. 4; no. s.1
Main Authors: Thales Brendon Castano Silva, Leonardo M. Diniz, Paulo H. R. F. Almeida, Mariana J. de Queiroz, Francisco de Assis Acurcio, Juliana Alvares Teodoro
Format: Journal Article
Language:English
Published: Instituto Nacional de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia 01-02-2023
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Summary:Introdução: Grandes estudos demonstraram que manter um controle glicêmico com HbA1c abaixo de 7% previne ou retarda o desenvolvimento de complicações micro e macrovasculares, mas apesar dos avanços na compreensão do diabetes e da disponibilidade de novos medicamentos e tecnologias, o gerenciamento glicêmico ideal continua sendo um desafio no tratamento. Objetivos: Avaliar o controle metabólico no tratamento de pacientes diabéticos acompanhados em longo prazo em um serviço de endocrinologia. Métodos: Coorte não-concorrente que avaliou retrospectivamente formulários de acompanhamentos em grupos terapêuticos de pacientes acometidos por DM tipos 1 e 2 em tratamento no segmento ambulatorial do Hospital das Clínicas da UFMG que tiveram um tempo de acompanhamento maior ou igual a seis meses. Resultados: Foram acompanhados 74 pacientes, sendo 54 DM2 e 20 DM1, idade média de 54 ± 13,37 anos, duração média de DM 16,7 ± 7,2 anos, alta prevalência de comorbidades e complicações crônicas do DM. Comparando-se valores das variáveis basais e finais do acompanhamento, Glicemia de jejum (mg/dL), Creatinina, PA Sistólica (mmHg) e PA Diastólica (mmHg) para pacientes com DM2 diminuíram significativamente, enquanto Colesterol HDL (mg/dL) para DM1 (Tabela 2) aumentou significativamente. As incidências cumulativas de complicações relacionadas aos olhos, coração, rins, sistema nervoso e arterial foram de 30%, 29%, 70%, 63% e 42% respectivamente, no grupo DM1 e 11%, 25%, 31%, 4% e 22% no grupo DM2. Apenas 4,9% dos resultados de HbA1c foram explicados pela correlação das variáveis. Conclusão: Não houve diferenças clinicamente significativas nas variáveis de controle glicêmico entre início e o final do acompanhamento. Observamos uma incidência maior de complicações crônicas no grupo DM1 do que DM2 durante o acompanhamento. Apesar das múltiplas variáveis avaliadas, não foram observadas correlações fortes com HbA1c. Os resultados desta análise comprovam à complexidade em elucidar os determinantes do controle glicêmico e a influência da continuidade do cuidado no tratamento de indivíduos com DM.
ISSN:2525-5010
2525-7323
DOI:10.22563/2525-7323.2019.v4.s1.p.55