Mudanças de uso da terra e emissão de gases de efeito estufa: uma explanação sobre os principais drivers de emissão

Resumo O aquecimento global é atribuído ao aumento das emissões de gases de efeito estufa (GEE), como dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O). As mudanças no uso da terra têm impactos significativos nas emissões de GEE, sendo responsáveis por aproximadamente 44% das emissões do...

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Published in:Ciência animal brasileira Vol. 25
Main Authors: Abreu, Natan Lima, Ribeiro, Eleanatan Syanne da Cruz, Sousa, Camila Eduarda Souza de, Moraes, Lorena Maués, Oliveira, João Victor Costa de, Faria, Letícia de Abreu, Ruggieri, Ana Cláudia, Cardoso, Abmael da Silva, Faturi, Cristian, Rêgo, Aníbal Coutinho do, Silva, Thiago Carvalho da
Format: Journal Article
Language:English
Portuguese
Published: Universidade Federal de Goiás 01-08-2024
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Summary:Resumo O aquecimento global é atribuído ao aumento das emissões de gases de efeito estufa (GEE), como dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O). As mudanças no uso da terra têm impactos significativos nas emissões de GEE, sendo responsáveis por aproximadamente 44% das emissões do país em 2019. Essa é uma revisão que aborda as principais rotas de formação dos GEE no solo com foco na influência das mudanças do uso da terra nas emissões de GEE. Constata-se que as emissões de CO2 pelo solo estão relacionadas à respiração de raízes, microrganismos e decomposição da matéria orgânica (MO) do solo, assim mudanças no uso da terra podem alterar as características do solo, favorecendo a intensificação das emissões de CO2. As emissões de CH4 pelo solo ocorrem em condições de anaerobiose por microrganismos metanogênicos, no entanto as mudanças no uso da terra, como a conversão de florestas em pastagens, podem aumentar as emissões de CH4 devido a uma maior concentração de microrganismos metanogênicos no solo. Já o N2O é produzido no solo durante o processo de nitrificação e desnitrificação por microrganismos, e a fertilização nitrogenada em áreas agrícolas pode aumentar as emissões de N2O, especialmente quando associada à umidade e disponibilidade de carbono orgânico no solo. Destaca-se a importância de compreender as dinâmicas de formação e emissão de GEE decorrentes das mudanças de uso da terra, pois estratégias eficientes de manejo podem reduzir essas emissões e contribuir para o cumprimento das metas do Brasil em relação à redução de GEE estabelecidas em acordos internacionais. Abstract Global warming is attributed to the increase in greenhouse gas (GHG) emissions, such as carbon dioxide (CO2), methane (CH4), and nitrous oxide (N2O). Land use changes significantly impact on GHG emissions, accounting for approximately 44% of the country’s emissions in 2019. This review addresses the main pathways of GHG formation in the soil, focusing on the influence of land use changes on GHG emissions. It is found that soil CO2 emissions are related to root respiration, microorganisms, and organic matter (OM) decomposition in the soil. Changes in land use can alter soil characteristics, favoring increased CO2 emissions. Soil CH4 emissions occur under anaerobic conditions by methanogenic microorganisms; however, land use changes, such as forest conversion to pasture, can increase CH4 emissions due to a higher concentration of methanogenic microorganisms in the soil. On the other hand, N2O is produced in the soil during nitrification and denitrification processes by microorganisms, and nitrogen fertilization in agricultural areas can increase N2O emissions, especially when associated with soil moisture and the availability of organic carbon. It is important to understand the dynamics of GHG formation and emissions resulting from land use changes because efficient management strategies can reduce these emissions and contribute to Brazil’s goals for GHG reduction as established in international agreements.
ISSN:1518-2797
1809-6891
DOI:10.1590/1809-6891v25e-77646p