Avaliação das incapacidades físicas em ex-portadores de hanseníase da época do isolamento compulsório

• Published in: Hansenologia internationalis Vol. 38; no. 1/2; pp. 47 - 55
• Main Authors: Carvalho, Michele Albuquerque Jales, Lopes, Naira Thais Bezerra, Santos, Tamyssa Simões dos, Santos, Karen da Silva, Farnocchi, Priscila Galo, Tavares, Clodis Maria
• Format: Journal Article
• Language: English
• Published: Instituto Lauro de Souza Lima 30-11-2013
• Subjects: Enfermagem; Epidemiologia; Hanseníase; Saúde Pública
• ISSN: 0100-3283; 1982-5161
• DOI: 10.47878/hi.2013.v38.35075

A hanseníase afeta milhares de brasileiros anualmente, destes um número significativo apresenta graus de incapacidade física I e II. O Objetivo deste estudo foi conhecer o perfil sociodemográfico e as principais incapacidades físicas instaladas em pessoas que tiveram hanseníase na época do isolamento compulsório. Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem quantitativa, que avaliou 26 residentes de um ex-hospital colônia, hoje designado Centro de Convivência, localizado na cidade de Maracanaú - CE. Foi utilizado um questionário para definir o perfil sociodemográfico e o formulário de avaliação neurológica simplificado, preconizado pela OMS para identificar o grau de incapacidade física. Os dados foram coletados e armazenados em uma planilha do software Excel. Após esta etapa o banco de dados foi importado e processado pelo programa EPI-INFO (versão 6). Observou-se predomínio de pessoas do sexo masculino (57,7%), ensino fundamental incompleto (50,0%), a faixa etária variou entre 40 a 80 anos, com renda de até um salário mínimo, quanto ao estado civil, (38,5%) eram casados e (30,8%) viúvos. A maioria (88,5%) apresentou o Grau II de incapacidade. Os segmentos mais afetados foram pés e mãos constatando-se uma perda de sensibilidade nos membros inferiores de (50,0%) e superiores (38,46%) na maioria dos avaliados. Conclui-se que as principais incapacidades presentes nas pessoas atingidas pela hanseníase, são decorrentes de lesões secundárias, principalmente à perda da sensibilidade, como também a insuficiência e ou ausência de ações de prevenção e reabilitação física.