O que os olhos não veem o coração não sente? Investigando experiências de compra por deficientes visuais no varejo de roupas

Apesar da expressividade numérica da população de Pessoas Portadoras de Deficiência (PPD), pode-se perceber que, no campo da pesquisa sobre o consumidor em organizações varejistas, é notória a ausência de pesquisas a respeito das questões envolvendo este público. Essa constatação fica mais marcante...

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Published in:Revista de gestão Vol. 20; no. 3; pp. 387 - 405
Main Authors: Pinto, Marcelo de Rezende, de Freitas, Rodrigo Cassimiro
Format: Journal Article
Language:Portuguese
Published: São Paulo Elsevier Editora Ltda 01-07-2013
Emerald Group Publishing Limited
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Description
Summary:Apesar da expressividade numérica da população de Pessoas Portadoras de Deficiência (PPD), pode-se perceber que, no campo da pesquisa sobre o consumidor em organizações varejistas, é notória a ausência de pesquisas a respeito das questões envolvendo este público. Essa constatação fica mais marcante quando se levam em consideração os trabalhos que abordam os deficientes visuais. É justamente em razão dessa lacuna existente na literatura que surgiu o interesse de conduzir uma pesquisa a partir da seguinte problemática: Como os deficientes visuais vivenciam no varejo suas experiências de compra de produtos, serviços, artefatos e imagens simbólicas relacionados ao vestuário? Como aporte teórico, considerou-se a literatura referente à abordagem experiencial e simbólica do consumo. Para a obtenção dos dados, optou-se pelo método de entrevista pessoal em profundidade com 11 portadores de deficiência visual. Como resultado, pode-se destacar que os consumidores deficientes visuais pesquisados definiram suas experiências de compra como algo mais do que situações aparentemente comuns, ao mesmo tempo em que expressaram diversos valores por meio do consumo, celebrando sua ligação com a sociedade como um todo. A partir dessas constatações, foi possível entender melhor as experiências de compra desses consumidores. Despite the significant number of the population of Individuals with Disabilities, one can see that, in the field of consumer research in retail organizations, the lack of research on the issues concerning them is notorious. This observation is even more remarkable when one takes into account the work involving the visually impaired. It is precisely because of this gap in literature that there was the interest in conducting a research based on the following problem: How do blind people live in retail their shopping experiences of products, services, artifacts, and symbolic images related to clothing? As a theoretical contribution, we considered the literature concerning the experiential approach and consumption symbolism. The method chosen to obtain data was the in-depth personal interviews with 11 visually impaired. As a result, it may be noted that visually impaired consumers surveyed defined their shopping experiences as something more than seemingly ordinary situations, while they expressed various values through consumption, celebrating their connection to society as a whole. From these observations, it was possible to better understand the shopping experiences of these consumers. A pesar de la expresividad numérica de la población de Personas Portadoras de Deficiencia (PPD), se puede percibir que, en el campo de la investigación del consumidor en organizaciones minoristas, es notable la ausencia de estudios sobre las cuestiones involucrando este público. Esa comprobación queda más en evidencia cuando se consideran los trabajos que involucran a los deficientes visuales. Justamente, es con motivo de esa laguna existente en la literatura que surgió el interés por conducir una investigación a partir de la siguiente cuestión: ¿Cómo los deficientes visuales viven en el comercio minorista sus experiencias de compra de productos, servicios, artefactos e imágenes simbólicas relacionados con el vestuario? Como aporte teórico, se consideró la literatura referente al abordaje experiencial y simbólico del consumo. Para la obtención de los datos, se optó por el método de entrevista personal en profundidad con 11 portadores de deficiencia visual. Como resultado, se puede destacar que los consumidores deficientes visuales investigados definieron sus experiencias de compra como algo más que situaciones aparentemente comunes, al mismo tiempo que expresaron diversos valores por medio del consumo, celebrando su relación con la sociedad como un todo. A partir de esas comprobaciones, fue posible entender mejor las experiencias de compra de estos consumidores.
ISSN:1809-2276
2177-8736
2177-8736
DOI:10.5700/rege506