Doença de Parkinson em idosos: ingestão alimentar e estado nutricional

OBJETIVO: Avaliar o estado nutricional e ingestão alimentar dos idosos portadores da doença de Parkinson. MÉTODOS: Estudo transversal, realizado com pacientes portadores da doença de Parkinson (DP), atendidos em ambulatório. O estado nutricional foi avaliado utilizando a mini-avaliação nutricional (...

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Published in:Revista brasileira de geriatria e gerontologia Vol. 16; no. 3; pp. 503 - 511
Main Authors: Morais, Maite Barcelos, Fracasso, Bianca de Moraes, Busnello, Fernanda Michielin, Mancopes, Renata, Rabito, Estela Iraci
Format: Journal Article
Language:English
Published: 01-09-2013
Online Access:Get full text
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Description
Summary:OBJETIVO: Avaliar o estado nutricional e ingestão alimentar dos idosos portadores da doença de Parkinson. MÉTODOS: Estudo transversal, realizado com pacientes portadores da doença de Parkinson (DP), atendidos em ambulatório. O estado nutricional foi avaliado utilizando a mini-avaliação nutricional (MAN), registro de consumo alimentar estimado de três dias e antropometria. Para avaliação da adequação de ingestão de nutrientes e energia, utilizou-se a ingestão dietética de referência, considerando valores da ingestão adequada, requerimento médio estimado e ingestão dietética recomendada. RESULTADOS: Foram avaliados 36 indivíduos, com idade média de 70,9±7,3 anos, sendo que 55% dos pacientes apresentaram risco de desnutrição de acordo com a MAN. Todavia, quando classificados pelo índice de massa corporal (IMC), 33% dos pacientes apresentaram sobrepeso e 39% não apresentaram perda nos últimos três meses. A ingestão energética foi de 1.632 e 1.840kcal/dia; proteínas, 71,2 e 61,9g/dia; ferro, 15,8 e 15,6mg/dia; sódio, 1.798 e 1.843mg/dia, para homens e mulheres, respectivamente, e ficaram acima das recomendações. Verificou-se ingestão inferior à recomendação para fibras (13,5 e 13,6g/dia), cálcio (694 e 552mg/dia) e potássio (1.637 e 1.476mg/dia). A ingestão energética apresentou correlação com ferro e proteína (r=0,581 e r=0,582) e a proteína apresentou correlação com a ingestão de ferro (r=0,600). CONCLUSÃO: Embora a ingestão energética da maioria se apresente adequada, observou-se o desequilíbrio dietético, com consumo insuficiente de fibras, cálcio e potássio. Além disso, metade da população encontrava-se em risco nutricional, segundo a MAN. OBJECTIVE: To evaluate the dietary intake of elderly patients with Parkinson's disease and to correlate it with nutritional status. METHODS: Cross-sectional study with patients with Parkinson's disease (PD) treated as outpatients. Nutritional status was evaluated by the Mini Nutritional Assessment (MAN) and food intake was assessed by three-day estimated food record. The Dietary Reference Intakes were used to assess the adequacy of nutrients and energy intake, considering adequate intake values, estimated average requirement and recommended dietary allowance. RESULTS: We evaluated 36 subjects with mean age of 70.9±7.3 years; 55% of patients were at risk of malnutrition according to MNA. However, when classified by body mass index (BMI), 33% of patients were overweight and 39% had no weight loss in the past three months. Energy intake was 1,632 and 1,840kcal/day; proteins, 71.2 and 61.9g/day; iron, 15.8 and 15.6mg/day; sodium, 1,798 and 1,843mg/day for men and women, respectively, and were above recommendations. There was less than the recommended intake for fiber (13.5 and 13.6g/day), calcium (694 and 552mg calcium/day), and potassium (1,637 and 1,476mg/day). Energy intake was correlated with iron and protein (r=0.581 and r=0.582) and protein correlated with iron intake (r=0.600). CONCLUSION: Although energy intake of the majority was adequate, dietary imbalance was observed, with insufficient intake of fiber, calcium, and potassium. Moreover, half the population was at nutritional risk according to the MNA.
ISSN:1809-9823
1809-9823
DOI:10.1590/S1809-98232013000300009