IMPACTO DA BUSCA TELEFÔNICA NA IDENTIFICAÇÃO DE INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO PARANÁ

A Infecção de Sítio Cirúrgico (ISC) ocupa a terceira posição entre todas as infecções em serviços de saúde e normalmente é identificada após a alta. O objetivo deste estudo foi analisar o impacto da busca telefônica nas taxas de infecção de sítio cirúrgico de um hospital universitário. Estudo epidem...

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Published in:The Brazilian journal of infectious diseases Vol. 27; p. 103376
Main Authors: Davanço, Victoria, Ogushi, Jenifer, Belei, Renata Aparecida, Rolim, Mariana Esteves, Sakai, Andressa Midori, de Oliveira Secco, Iara Aparecida, Vítor, Roseli Victorio, de Maio Carrilho, Claudia Maria Dantas, Capobiango, Jaqueline Dario, da Silva Rocha Bono, Cibelly, Novaes, Laura Alves Moreira, Gregorio, Francielly Palhano, de Arruda Faggion, Renata Pires
Format: Journal Article
Language:English
Published: Elsevier España, S.L.U 01-10-2023
Elsevier
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Summary:A Infecção de Sítio Cirúrgico (ISC) ocupa a terceira posição entre todas as infecções em serviços de saúde e normalmente é identificada após a alta. O objetivo deste estudo foi analisar o impacto da busca telefônica nas taxas de infecção de sítio cirúrgico de um hospital universitário. Estudo epidemiológico, prospectivo, realizado pelo acompanhamento de pacientes cirúrgicos internados, por meio de análise diária da evolução clínica, de exames laboratoriais e uso de antimicrobianos; e dos pacientes após a alta, com 31 e 91 dias após a cirurgia, por meio de ligação telefônica seguindo roteiro pré-estabelecido. Foram analisados os pacientes entre novembro de 2022 a março de 2023 em um hospital terciário de grande porte, que realiza em torno de 800 cirurgias por mês. Foram avaliadas 3.688 cirurgias, que resultaram em 103 (2,8%) casos de ISC. Em relação à identificação das infecções cirúrgicas, 14 foram identificadas em novembro, sendo 8 (57,1%) durante internação e 6 (42,9%) por busca telefônica; 16 em dezembro, 3 (18,75%) durante a internação e 13 (81,25%) por busca telefônica; 27 em janeiro, 13 (48,1%) durante a internação e 14 (51,9%) por busca telefônica; 16 em fevereiro, 7 (43,75%) durante a internação e 9 (56,25%) por busca telefônica; e 30 em março, 10 (33,3%) durante a internação e 20 (66,7%) por busca telefônica. Quanto ao tempo de início dos sintomas, 46 (44,7%) foram detectados em até uma semana pós-cirurgia. A maior frequência foi de adultos (51,5%), sexo feminino (55,3%), sendo 23 (22,3%) infecções pela clínica da ginecologia e obstetrícia. Em relação ao desfecho, 93 (90,3%) obtiveram alta hospitalar, 9 (8,7%) evoluíram a óbito e 1 (1%) paciente permaneceu internado. A busca hospitalar registrou 39,8% das ISC e 60,2% foram identificadas pela busca telefônica. Evidenciou-se que mais da metade das ISC foram identificadas por meio da busca telefônica, na qual, houve maior frequência em adultos, do sexo feminino, da clínica ginecologia e obstetrícia, com maior desfecho de alta hospitalar. Logo, mostra-se a importância da vigilância epidemiológica após alta hospitalar por meio da busca telefônica.
ISSN:1413-8670
DOI:10.1016/j.bjid.2023.103376