AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DE ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO ACERCA DA DOAÇÃO DE MEDULA ÓSSEA

O transplante de medula óssea é essencial para a terapêutica de pacientes cuja patologia interfere na hematopoiese, como as leucemias, aplasias medulares e síndromes de imunodeficiência. Segundo dados do REDOME de abril de 2021, 229.072 novos doadores foram cadastrados no ano de 2020 e o número de d...

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Published in:Hematology, Transfusion and Cell Therapy Vol. 43; pp. S473 - S474
Main Authors: LLSP Domingues, FDRP Oliveira, LG Figorelle, CAPR Neto, MA Gomes, GL Guerra, TAA Salgado, MG Maiolino, A Maiolino, MFD Gaui
Format: Journal Article
Language:English
Published: Elsevier 01-10-2021
Online Access:Get full text
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Description
Summary:O transplante de medula óssea é essencial para a terapêutica de pacientes cuja patologia interfere na hematopoiese, como as leucemias, aplasias medulares e síndromes de imunodeficiência. Segundo dados do REDOME de abril de 2021, 229.072 novos doadores foram cadastrados no ano de 2020 e o número de doadores voluntários está em crescimento. A insegurança decorrente do desconhecimento do procedimento é uma das principais barreiras para o recrutamento de novos doadores. Diante disso, este trabalho tem por objetivo analisar o conhecimento dos acadêmicos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) acerca desse procedimento. Foi realizado inquérito, a partir de questionário com 11 perguntas, elaborado pela Liga Acadêmica de Hematologia e Oncologia da UFRJ utilizando a plataforma online Google Forms, tendo como público alvo alunos de graduação da UFRJ no período de 17 de maio a 16 de junho de 2021. A divulgação foi feita via Sistema Integrado de Gestão Acadêmica (SIGA), e-mails das classes e redes sociais. No total, 301 alunos responderam, 23% estão no primeiro ano de graduação, 19,6% no segundo, 26,5% no terceiro, 6% no quarto e 6% estão graduados ou após o quarto ano. A maioria dos respondentes (70,8%) é do sexo feminino. Respondedores foram 5,3% com menos de 20 anos, 83,7% de 20 a 25 anos, 9% de 26 a 30 anos e 2% com mais de 30 anos. Em relação às áreas de estudo, 228 (75,8%) são de saúde/biológicas, 19 (6,3%) de exatas, 20 (6,6%) de humanas e 34 (11,3%) de outras áreas. Em relação aos hábitos de doação: metade dos alunos respondedores afirmou já ter doado sangue alguma vez e dos doadores é regular, ou seja, doam 3 ou mais vezes por ano. Quanto às contraindicações à doação, 70,4% não as apresentam. Em relação ao conhecimento sobre doação de medula óssea, 21,6% conhece o REDOME e 10,3% dos alunos é cadastrado como doador de medula óssea. Quando questionados acerca do procedimento de coleta da medula, 40,4% afirma não conhecer o procedimento, 19,2% acredita que a medula óssea é coletada do sangue arterial ou da coluna vertebral e 40,4% respondeu que o procedimento é feito pelo osso do quadril,ou seja, 59,6% dos alunos responderam equivocadamente ou desconhecem o procedimento.Dos alunos cadastrados como doadores de medula óssea, 77,4% responderam corretamente sobre o local de coleta da medula, sugerindo que o desconhecimento sobre o assunto pode influenciar nos baixos índices de cadastramento de novos doadores, apesar do crescimento constante. Além disso, do total de respondentes, 38,5% afirma ter alguma razão para não doar medula óssea, como temer dor durante a coleta ou acreditar que haverá prejuízo à saúde do doador.  Dos 185 alunos que não possuem razões para não doar, somente 16,2% são cadastrados como doadores de medula óssea e 39,4% afirmaram não conhecer o procedimento, o que corrobora a hipótese de que o desconhecimento sobre a doação de medula atua como fator de influência no cadastro de novos indivíduos, enquanto principal impeditivo para a doação.
ISSN:2531-1379
DOI:10.1016/j.htct.2021.10.816