Cenas e Fabulações da Psicologia em Pesquisa-Intervenção com Secundaristas e Universitários
Resumo: A Psicologia historicamente, ao adentrar as instituições escolares, teve uma atuação vinculada a questões individuais, de aprendizagem e de fracasso escolar. Esse contexto passa por uma transformação quando a Psicologia brasileira começa a construir uma perspectiva crítica articulada à reali...
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Published in: | Psicologia, ciência e profissão Vol. 44 |
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Main Authors: | , , , , , , , |
Format: | Journal Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
2024
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Summary: | Resumo: A Psicologia historicamente, ao adentrar as instituições escolares, teve uma atuação vinculada a questões individuais, de aprendizagem e de fracasso escolar. Esse contexto passa por uma transformação quando a Psicologia brasileira começa a construir uma perspectiva crítica articulada à realidade institucional. Inserido no contexto da interface Psicologia e Educação, objetiva-se problematizar o(s) lugar(es) que a Psicologia ocupa nos discursos entre atores escolares, estudantes e profissionais de Psicologia no contexto de uma pesquisa-intervenção. Esta discussão atualiza lugares historicamente constituídos na Psicologia articulada à escola, bem como propõe inovações de intervenções comprometidas com transformações do processo de subjetivação em engajamentos democráticos e participativos existentes na escola. A pesquisa é fruto de um curso de extensão de formação de jovens pesquisadores secundaristas. As ferramentas metodológicas foram grupos de discussão, diários de campo e produções coletivas de restituição. Os resultados apresentam uma dispersão nos discursos por meio de duas categorias, o lugar do suposto saber-poder: Psicologia para a escola e o lugar da Psicologia que se compõe COM escola. A primeira se encontra constituída por discursos ligados a um tradicionalismo demandado à Psicologia para lidar com os problemas de ordem individual, enquanto que a segunda atua na invenção de um fazer confabulado, em que estudantes e profissionais de Psicologia e a escola criam um campo de análise coletiva do cotidiano. Ao produzir um espaço de formação de jovens pesquisadores, ratifica-se a aposta de práxis crítica e processual, em que o profissional psi e atores escolares são conjuntamente responsáveis por produzir espaços de cuidado na escola.
Abstract: Historically, when psychology entered schools, its performance was linked to individual issues, learning, and school failure. This context changes when Brazilian psychology begins to build a critical perspective articulated to institutional reality. The interface between psychology and education aims to problematize the place(s) psychology occupies in the discourses of school actors, students, and psychology professionals in a research-intervention. This discussion updates historically constituted places in psychology articulated to the school and proposes innovations of interventions committed to transformations of the subjectivation process in democratic and participatory engagements existing in the school. This research stems from an extension course to train young secondary school researchers. Its methodological tools included discussion groups, field diaries, and collective production of restitution. Results showed a dispersion in the discourses across two categories: the place of supposed knowledge-power: psychology for the school and the place of psychology that composes itself with school. The first one is constituted by discourses linked to a traditionalism demanded to psychology to address individual problems, whereas the second one acts in the invention of a confabulated doing, in which psychology students and professionals and the school create a field of collective analysis of the everyday life. The production of a space to train young researchers ratifies the bet of a critical and procedural praxis in which the psi professional and school actors are jointly responsible for producing care spaces in the school.
Resumen: Al inicio, la Psicología en las instituciones escolares actuaba en cuestiones individuales, de aprendizaje y fracaso escolar. Pero, esto cambió cuando la Psicología brasileña comenzó a construir una perspectiva crítica articulada a la realidad institucional. Con base en la interfaz Psicología y Educación, el objetivo de este estudio fue problematizar el lugar(es) que ocupa la Psicología en los discursos entre actores escolares, estudiantes y profesionales de la Psicología en una investigación-intervención. Esta discusión actualiza lugares históricamente constituidos en Psicología articulados a la escuela y propone innovaciones de intervenciones comprometidas con los compromisos democráticos y participativos existentes en la escuela. Esta investigación es el resultado de un curso de extensión para la formación de jóvenes investigadores de secundaria. Las herramientas metodológicas fueron los grupos de discusión, los diarios de campo y la producción colectiva de restitución. Los resultados muestran una dispersión de los discursos en dos categorías: El lugar del supuesto saber-poder: Psicología para la escuela; y el lugar de la Psicología que compone la escuela. La primera está constituida por discursos relacionados al tradicionalismo que requiere la Psicología para tratar problemas de orden individual, mientras que la segunda actúa en la invención de un hacer confabulado, donde estudiantes y profesionales de Psicología y la escuela crean un campo de análisis colectivo de la vida cotidiana. Producir un espacio de formación de jóvenes investigadores ratifica la apuesta de una praxis crítica y procesual en la cual los actores profesionales psi y los escolares son corresponsables de producir espacios de cuidado en la escuela. |
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ISSN: | 1414-9893 1982-3703 |
DOI: | 10.1590/1982-3703003265760 |