Dançoterapia Integrativa Uma Metodologia De intervenção Nos Comportamentos Agressivos
Este foi para mim um estranho percurso de contraditórios cruzares entre o complexo e a simplicidade...senti-me muitas vezes actriz daquele ditado popular "um burro carregado de livros é um doutor", lembrei-me tantas vezes da sábia tranquilidade socratiana 'Sei que nada sei'..e fo...
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Format: | Dissertation |
Language: | Portuguese |
Published: |
ProQuest Dissertations & Theses
01-01-2006
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Summary: | Este foi para mim um estranho percurso de contraditórios cruzares entre o complexo e a simplicidade...senti-me muitas vezes actriz daquele ditado popular "um burro carregado de livros é um doutor", lembrei-me tantas vezes da sábia tranquilidade socratiana 'Sei que nada sei'..e foi deste e neste balancear de constantes procuras (muitas delas internas) que se fez este trilho que agora toma forma em texto... Livros e livros...estudos e teorias...para procurar a resposta a algo tão simples:➣ Porque é que quando Partilhamos com Outro(s)nos movimentos visíveis, os internos se adoçam?➣ Porque é que quanto mais o Belo está no espaço de partilha mais se sai do tempo, e o adoçar se prolonga?e algo já mais complexo➣ Se sentimos isso tão verdade, como é que podemos proporcioná-lo, a quemde tanto se movimentar internamente na raiva,se rigidifica em gestos esmurrados,em palavras cuspidas... que já não pode lembrar-se: 'abraçaste-me',que não sabe pedir: 'abraça-me', que (ainda?) não sabe oferecer: 'abraço-te' ... Para além da minha vivência pessoal, na minha prática como educadora, como psicóloga e como formadora, foi-me dado perceber que o movimento e a Dança são formas muito primárias e imediatas de quebrar barreiras, envolvendo-nos enquanto indivíduos e no encontro com os outros, num processo profundo de relação que não é atingido (ou conseguido) com linguagem verbal.Por outro lado, o processo psicoterapêutico com que nos familiarizámos é, também ele próprio, um processo transformativo, de abertura da Relação (interna e com os Outros). Foi neste cruzamento que cresceu a proposta metodológica que é objecto desta investigação, fruto de vários anos de uma prática clínica que nos afasta da perspectiva inicial e académica de colagem a uma teoria ou prática...O nosso crescimento humano faz-se também, a partir do encontro com o Outro na relação terapêutica e é esse Encontro que nos faz reconhecer a necessidade de uma abordagem teórica, prática e vivencial integrada, integrativa e integral, sabendo que, mesmo essa, não dará conta de todo o fenómeno humano e que só com muito cuidado o poderá (deverá?) transformar . As dificuldades de relacionamento e comunicação interpessoal são um dos factores de maior sofrimento intrapsíquico, frequentemente com tradução a nível corporal (somatizações ou perturbações do comportamento), e com consequências quer do ponto de vista individual (a nível somático, cognitivo, social e emocional), quer social e comunitário.As perturbações do comportamento social, nomeadamente os comportamentos agressivos, são uma das situações onde o sofrimento da Relação (infra e inter) se toma mais vísivel, pela sua tradução corporal, numa complexa dialética entre o Indivíduo, o Outro e a Comunidade.Estes comportamentos podem ser entendidos, por vezes, como uma expressão do mundo interno, mima via comunicativa última e desajustada, quando (já) não existe, ou não se consegue recorrer, a outra linguagem ou via de expressão e comunicação mais harmoniosa.Nas últimas décadas em Portugal, tem havido uma preocupação crescente com o fenómeno da violência, que surge como um dos príncipais elementos de análise sociológica, tanto mais quanto nele estão envolvidos, quer como vítimas quer como agressores, os elementos mais novos da comunidade (Carvalho, 2004): as crianças e os adolescentes. |
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ISBN: | 9798505553138 |