CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER DO MUNICÍPIO DE MACEIÓ - ALAGOAS, NO PERÍODO DE 2013 A 2024

A violência contra a mulher ganhou maior visibilidade política e social nos últimos anos em razão da gravidade e da seriedade das situações de violência sofridas pelas mulheres. Considerando que os profissionais da atenção primária podem conhecer a realidade de violência vivenciada pelas mulheres, b...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Published in:Revista Políticas Públicas & Cidades Vol. 13; no. 2; p. e1041
Main Authors: Barbosa, Rosimeire Machado, Rocha, Ivani Maria da Silva Avelino, Ramos, Patrícia Fernanda Almeida, Coutinho, Larissa Maria Calheiros, Bispo, Bruna Freitas Monte
Format: Journal Article
Language:Portuguese
Published: 18-11-2024
Online Access:Get full text
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
Description
Summary:A violência contra a mulher ganhou maior visibilidade política e social nos últimos anos em razão da gravidade e da seriedade das situações de violência sofridas pelas mulheres. Considerando que os profissionais da atenção primária podem conhecer a realidade de violência vivenciada pelas mulheres, busca-se responder se as equipes de saúde têm adotado estratégias para o seu enfrentamento e assim, o objetivo deste trabalho é conhecer o perfil das mulheres vítimas de violência no município de Maceió e propor ações de prevenção. Trata-se de um estudo ecológico, descritivo exploratório, de série histórica no período de 2013 a 2022, com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN, disponíveis no sitio do DATASUS/MS. Foram notificados 8.421 casos de violência contra mulheres, em todas as faixas etárias, com maior incidência de 20 a 29 anos, 26,3%, raça/cor predominante parda, 45,9%, cerca de 20% apresentam ensino fundamental. Metade das violências notificadas ocorre nos domicílios, 50,5%, em primeiro lugar violência física, 48,1%, seguida da violência sexual 22,0%, onde a força corporal/espancamento foi o meio utilizado em 34,6% dos casos e 38% dos agressores são conhecidos da vítima. Fica evidente a fragilidade dos dados e o despreparo dos profissionais para o enfrentamento da violência. Necessário realizar capacitações, implantar estratégias de prevenção e propor o funcionamento da rede de atendimento junto dos setores que atuam nessa temática, como forma de viabilizar um debate sólido quanto aos rumos das políticas públicas de proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar.
ISSN:2359-1552
2359-1552
DOI:10.23900/2359-1552v13n2-312-2024