Surto de mixomatose em criação de coelhos no estado do Rio de Janeiro: relato de caso

Objetivou-se com este trabalho relatar um surto de mixomatose em uma criação de coelhos na região rural do município de Cachoeiras de Macacu no estado do Rio de Janeiro. De um total de 103 coelhos, 8 óbitos ocorreram pela doença e 51 indivíduos foram eutanasiados com sinais clínicos típicos. Os anim...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Published in:Medicina veterinária (Recife, Brazil) Vol. 17; no. 4; pp. 203 - 209
Main Authors: Penedo, Camila Cristina de Sá, Vasconcelos, Ruben Horn, Bezerra, Windleyanne Gonçalves Amorim, Liparisi, Flávia
Format: Journal Article
Language:English
Portuguese
Published: Universidade Federal Rural de Pernambuco 28-12-2023
Subjects:
Online Access:Get full text
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
Description
Summary:Objetivou-se com este trabalho relatar um surto de mixomatose em uma criação de coelhos na região rural do município de Cachoeiras de Macacu no estado do Rio de Janeiro. De um total de 103 coelhos, 8 óbitos ocorreram pela doença e 51 indivíduos foram eutanasiados com sinais clínicos típicos. Os animais apresentaram blefaroconjuntivite bilateral com secreção purulenta, progredindo para rinite com secreção sanguinolenta, edema de face e surgimento de pequenos nódulos na face, orelha e escroto. À necropsia, foram observados linfonodomegalia, esplenomegalia, pulmões congestos e edema escrotal. Nesta, foram colhidos fragmentos de fígado, pulmão, rins e tecido cutâneo dos nódulos da face e orelhas para exame histopatológico. Na microscopia das amostras cutâneas foi observada na epiderme: vacuolização dos queratinócitos com vesículas, bolhas e pústulas, além de áreas de acantose, ulceração e presença de crosta serocelular. Na derme foi observado edema pronunciado, infiltrado marcante, difuso e misto de células heterófilas e mononucleares, além de degeneração mucinosa pronunciada. Adicionalmente, constatou-se a presença de grandes células “estreladas” com cariomegalia e cromatina salpicada. As carcaças foram incineradas e os 44 animais restantes que não apresentaram sintomatologia foram submetidos à quarentena por seis meses em galpão com telas, repelentes eletrônicos e monitorados através de exames clínicos e testes complementares para confirmar a sanidade do plantel. Além disso, foi administrada selamectina tópica a cada 30 dias para prevenir e controlar vetores.
ISSN:1809-4678
2675-6617
DOI:10.26605/medvet-v17n4-5843