Estresse em Estudantes ao longo da Graduação Médica
RESUMO O estresse corresponde a uma resposta física, psíquica e hormonal que ocorre quando o organismo necessita se adaptar frente a uma situação desafiadora. É uma das respostas mais recorrentes no meio acadêmico devido à rotina exaustiva e conteúdo denso que exigem responsabilidade e competitivida...
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Published in: | Revista brasileira de educação médica Vol. 43; no. 1 suppl 1; pp. 246 - 253 |
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Main Authors: | , , , , , , |
Format: | Journal Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Associação Brasileira de Educação Médica
2019
Associção Brasileira de Educação Médica |
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Summary: | RESUMO O estresse corresponde a uma resposta física, psíquica e hormonal que ocorre quando o organismo necessita se adaptar frente a uma situação desafiadora. É uma das respostas mais recorrentes no meio acadêmico devido à rotina exaustiva e conteúdo denso que exigem responsabilidade e competitividade dos estudantes. Na graduação médica, somam-se a estes fatores a preocupação do estudante em aprender o conteúdo discutido em aulas e a pressão exercida pelos próprios acadêmicos, além da cobrança da sociedade. Diante da relevância do tema, este estudo teve como objetivo avaliar a ocorrência do estresse durante a graduação médica em acadêmicos de uma universidade privada da região do Alto Tietê, no Estado de São Paulo. Foram aplicados dois instrumentos de pesquisa, o Inventário de Sintomas de Estresse para Adultos de Lipp (ISSL) e a Escala de Estresse Percebido (PSS), em 420 estudantes (67,14% do sexo feminino) matriculados entre os ciclos básico (primeiro e segundo ano) e profissionalizante (terceiro ao sexto ano). Todos os participantes da pesquisa eram voluntários. De acordo com o PSS, foram verificados maiores níveis de estresse entre os alunos do primeiro ao terceiro ano quando comparados aos discentes do quarto ao sexto ano. O ISSL demonstrou a ocorrência de estresse em 65% dos estudantes. Entre estes, 9,04% se encontravam em fase de “quase exaustão” e 0,95% na fase de “exaustão”, as fases mais elevadas dos níveis de estresse, sendo que a ocorrência de sintomas teve prevalência no sexo feminino. Em todas as turmas analisadas, os alunos do primeiro ao terceiro ano apresentaram maior índice de estresse em relação aos demais, o que pode estar associado à distribuição dos conteúdos curriculares com predomínio de disciplinas conceituais, assim como ao processo de transição de conteúdos teóricos para atividades práticas. Estes resultados podem estar vinculados à adaptação dos alunos à rotina das universidades, às disciplinas cursadas e às obrigações que o ensino superior exige.
ABSTRACT Stress corresponds to physical, psychological and hormonal responses that occur when the body needs to adapt to a challenging situation. It is one of the most recurrent responses in the academic world due to the exhaustive routine and dense content that demand responsibility and competitiveness from the students. In medical undergraduate schools, we add to these factors the student’s concern to learn the content that was discussed in class and the pressure exerted by the students themselves, in addition to the demands of society. Given the relevance of the topic, this study aimed to evaluate the occurrence of stress during medical undergraduate school in students from a private university in the Alto Tietê region, in the state of São Paulo. Two research instruments, the Lipp Adult Stress Symptom Inventory (ISSL) and the Perceived Stress Scale (PSS), were applied to n= 420 undergraduate students (67.14% females) attending the basic (first and second years) and vocational cycles (third to sixth years), and all participants were volunteers. According to the PSS, higher levels of stress were observed in students from the first to the third years, when compared to students from the fourth to the sixth years of medical school. The ISSL demonstrated the occurrence of stress in 65% of the students, of which 9.04% were in the “near exhaustion” phase and 0.95% in the “exhaustion” phase, which represent the highest levels of stress, with the occurrence of symptoms being more prevalent in female students. Among all the analyzed groups, students attending the first to the third years showed a higher stress index than the others, which may be associated to the distribution of curricular contents with the predominance of conceptual disciplines, as well as the process of transition from theoretical contents to practical activities. These results may be related to the students’ adaptation to the university routine, to the courses taken and to the obligations that higher education demands. |
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ISSN: | 0100-5502 1981-5271 1981-5271 |
DOI: | 10.1590/1981-5271v43suplemento1-20180192 |