Leucemia Mielóide Agura: perfil de duas décadas do Serviço de Hematologia do Hospital das Clínicas de Porto Alegre - RS

Nos últimos vinte anos, nosso serviço recebeu os pacientes com a suspeita de Leucemia Mielóide Aguda (LMA) provenientes de todas as regiões do estado. Entre março de 1980 e dezembro de 1999 analisamos 195 pacientes com idades superior a 12 e inferior a 70 anos, apresentando LMA "de novo" e...

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Published in:Revista brasileira de hematologia e hemoterapia Vol. 25; no. 1; pp. 17 - 24
Main Authors: Bittencourt, Rosane, Fogliato, Laura, Daudt, Liane, Bittencourt, Henrique N. S., Friederich, João R., Fernandes, Flavo, Onsten, Tor, Fassina, Kátia, Rocha, Luis K. da, Moreno, Fábio, Silva, Geórgia, Cruz, Matheus S., Garcia, Régis G. de, Wasnievski, João C., Silla, Lúcia M. R.
Format: Journal Article
Language:English
Published: Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia e Terapia Celular 01-03-2003
Elsevier
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Summary:Nos últimos vinte anos, nosso serviço recebeu os pacientes com a suspeita de Leucemia Mielóide Aguda (LMA) provenientes de todas as regiões do estado. Entre março de 1980 e dezembro de 1999 analisamos 195 pacientes com idades superior a 12 e inferior a 70 anos, apresentando LMA "de novo" excetuando o subtipo M3. Na década de 80 foram registrados 102 pacientes: 47 homens e 55 mulheres. Destes, 84 receberam quimioterapia de indução com Citarabina e Daunorrubicina (esquema "7+3"), resultando no índice de remissão de 51% (43/84). As médias de sobrevidas livre de doença e global foram dez meses em 35% e 12 meses em 13% respectivamente. De jan/90 a dez/93 houve 41 novos diagnósticos e todos foram submetidos à quimioterapia com esquema "7+3" atingindo a taxa de 66% de remissão. As sobrevidas livre de doença e global foram estatisticamente (p<0.001) superiores com 17,6 meses em 41% e 22 meses em 17,5% dos pacientes. Em 1994 foi instituído novo protocolo orientado pelo grupo cooperativo brasileiro de estudos de leucemia (CBEL), preconizando a indução com Citarabina +Idarrubicina, seguido dos ciclos de consolidação e dois ciclos de intensificação com altas doses. Entre 1994-99 foram incluídos 52 pacientes neste protocolo, cujo índice de remissão foi 73% (p=0,002). Em 50% destes pacientes, a sobrevida livre de doença alcançou 23,3 meses, enquanto a sobrevida global foi de 26 meses em 25%. As sobrevidas livre de doença e global, neste último período, tiveram diferenças estatisticamente significativas comparadas aos anos anteriores. Observamos uma melhora nas taxas de remissão e de sobrevida na última década, mesmo assim a sobrevida longa livre de eventos permanece inferior a 30%. Nossos resultados são equivalentes aos demais centros nacionais que tratam LMA e corroboram os dados da literatura.
ISSN:1516-8484
1806-0870
1516-8484
1806-0870
DOI:10.1590/S1516-84842003000100004