O farmacêutico na terapêutica antidepressiva e ansiolítica: utilização racional de medicamentos usados para amenizar os efeitos colaterais e reações adversas
Introdução: O uso de fármacos combinados para o tratamento de depressão e ansiedade tem aumentado progressivamente de forma que os antidepressivos e ansiolíticos estão envolvidos em relevantes interações farmacológicas. Na prática clínica, muitas destas interações destacam -se por potencial tóxico...
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Published in: | Jornal de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia Vol. 4; no. s.1 |
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Format: | Journal Article |
Language: | English |
Published: |
Instituto Nacional de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia
01-02-2023
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Summary: | Introdução: O uso de fármacos combinados para o tratamento de depressão e ansiedade tem aumentado progressivamente de forma que os antidepressivos e ansiolíticos estão envolvidos em relevantes interações farmacológicas. Na prática clínica, muitas destas interações destacam -se por potencial tóxico e caráter grave o que ressalta a importância do tema e a necessidade da prática da atenção farmacêutica mais ativa na identificação precoce dos pacientes em risco. Objetivo: O objetivo desse trabalho foi avaliar atuação do farmacêutico na terapêutica com antidepressivos e ansiolíticos bem como as interações destes e suas possíveis consequências. Métodos: O trabalho foi desenvolvido através de uma revisão bibliográfica de caráter qualitativo com busca de artigos nas bases de dados: Literatura Latino-Americana em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), BVS (Biblioteca Virtual em Saúde). Resultados: No campo da psiquiatria, a múltipla terapia tornou-se uma ferramenta de bastante utilidade incorporando o tratamento de um conjunto de distúrbios que afetam o Sistema Nervoso Central (SNC), objetivando-se ao aumento dos efeitos farmacológicos, principalmente em condições refratárias e de poucas respostas a um único medicamento. As interações mais comuns com os fármacos estudados, segundo a literatura, são: etanol, e sua interação com barbitúricos e benzodiazepínicos, podendo ocasionar depressão central importante, aumentando a possibilidade de depressão respiratória, falência cardiovascular, hipotermia e coma. A utilização de medicamentos em contato com drogas ilícitas como Anfetamina, metilfenidato, pode ocasionar potencialização do efeito na depressão. E ainda agentes hipoglicemiantes que interagem reduzindo (até 16%) a depuração da Sertralina. Desta forma é possível observar que o uso de vários medicamentos concomitantes é um dos principais fatores de risco para ocorrência de interações medicamentosas do tipo farmacocinéticas ou farmacodinâmicas, sendo fundamental a realização do Seguimento Farmacoterapêutico. Outro fator analisado foi o aspecto nutricional dos pacientes, pois os fármacos podem interagir com nutrientes, reduzindo a eficácia da terapia farmacológica e aumentando os efeitos adversos, depleção de nutrientes específicos e indução e inibição enzimática. Ainda é possível considerar as interações entre alimentos e medicamentos podem interferir na absorção e o aproveitamento dos nutrientes através de equilíbrios de complexação. Conclusão: Indivíduos que utilizam estes medicamentos devem receber acompanhamento farmacoterapêutico caso haja necessidade de utilizar qualquer outro medicamento, inclusive medicamentos de venda livre e alguns alimentos. Desta forma, o exercício da atenção farmacêutica, entre outras intervenções, pode minimizar tais ocorrências, já que o farmacêutico é o último contato que o paciente tem antes da administração do medicamento. |
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ISSN: | 2525-5010 2525-7323 |
DOI: | 10.22563/2525-7323.2019.v4.s1.p.87 |