A cardioplegia oxigenada na proteção miocárdica durante a cirurgia cardíaca: estudo clínico e enzimático Oxygenated cardioplegia in myocardial protection during cardiac surgery: a clinical and enzymatic study

A cardioplegia tem sido reconhecida como um fator muito importante na proteção oo miocárdio. Sabe-se que, mesmo a 15ºC, o coração consome oxigênio. Testes in vitro demonstraram que a cardioplegia cristalóide libera mais oxigênio que a sangüínea. Neste estudo, foram analisadas as variações hemodinâmi...

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Published in:Revista brasileira de cirurgia cardiovascular Vol. 3; no. 3; pp. 210 - 215
Main Authors: Potiguara S. da Costa, Sérgio Nunes Pereira, Luiz B Moraes, Renato S Marques, Manoel A. P Alvarez, Carlos A. S Daudt, Luciane M Deboni, Cleonir Raskoski, Mauro F Silva
Format: Journal Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular 01-12-1988
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Summary:A cardioplegia tem sido reconhecida como um fator muito importante na proteção oo miocárdio. Sabe-se que, mesmo a 15ºC, o coração consome oxigênio. Testes in vitro demonstraram que a cardioplegia cristalóide libera mais oxigênio que a sangüínea. Neste estudo, foram analisadas as variações hemodinâmicas, eletrocardiográficas e enzimáticas em 26 pacientes divididos em 2 grupos, nos quais a cardiplegia cristalóide de Gomes foi empregada. Grupo I: 12 pacientes (solução não oxigenada); Grupo II: 14 pacientes (solução oxigenada). A avaliação dos pacientes incluiu a recuperação hemodinâmica após a parada cardíaca, o uso de drogas vasoativas, o ritmo e o aspecto do eletrocardiograma (ECG), a freqüência cardíaca (FC), a pressão arterial média (PAM), a pressão venosa central (PVC) e as enzimas TGO e CPK-MB. Estes parâmetros foram medidos nos seguintes tempos: antes, logo após a cirurgia e após 6, 12, 24, 48 e 72 horas de pós-operatório. Os resultados demonstraram que a recuperação hemodinâmica foi similar em ambos os grupos. O uso de drogas vasoativas foi maior no Grupo II. No ECG, observou-se mais bradicardia e fibrilação ventricular no Grupo II do que no Grupo I. A freqüência cardíaca, a pressão arterial média e a pressão venosa central não mostraram diferença significativa em ambos os grupos. As enzimas TGD e CPK-MB mostraram elevação mais acentuada no Grupo I do que no II e essa diferença foi significativa (P < 0,01). Em conclusão, os dados sugerem que houve comportamento semelhante em ambas as soluções, quanto à recuperação hemodinâmica e a parâmetros vitais. Observou-se uma incidência maior de bradicardia no Grupo II, provavelmente relacionada à maior duração da parada cardíaca, com maior número de infusões de solução cardioplégica. A variação das enzimas sugere que a solução oxigenada foi mais efetiva do que a não oxigenada, para a preservação do miocárdio.Cardioplegia has been recognized as a very important factor in myocardial protection. Today we know that even the arrested heart at 15ºC wastes oxygen. "In vitro" it was already shown that release of oxygen was higher in cristalloid than in blood solution. In this study we analized the hemodinamic, electrocardiographic and enzimatic variations in 26 patients, divided into two groups in whom cardioplegia with the Gomes solution was used. Group I: 12 patients (control group - non oxygenated solution). Grupo II: 14 patients (oxygenated solution). The evaluation of the patients included hemodynamic recovery after arrest, the use of vasoactive drugs, cardiac rhythm and aspect of the ECG, heart rate (HR), mean arterial pressure (MAP), central venous pressure (CVP) and enzymes SGOT and CPK-MB in the following times: pre and postoperatory period and after 6, 12, 24, 48 and 72 hours of postoperatory period. Hemodynamic recovery was similar in both groups, the use of vasoactive drugs was greater in Group II. In the ECG was seen more sinus bradycardia in Group II that also needed more electric defibrilation. Heart rate, mean arterial prossure and central venous pressure showed no significant difference between the two groups in the postoperative period. The enzymes SGOT and CPK were higher in Group I than in Group II. In conclusion, data suggested that both solutions had similar results in the hemodynamic recovery end vital parameters. An higher incidence of bradycardia was seen in Group II, probably related to the longer cardiac arrest, with more infusions of the cardioplegic solution. The variation of the enzimes suggested that oxygenated cardioplegia was more effective than the non-oxygenated solution to assure the preservation of the myocardium.
ISSN:0102-7638
1678-9741