Relacionamentos ab-usivos

O presente artigo tem como objetivo compreender os aspectos que envolvem a permanência e a passividade das vítimas de relacionamentos abusivos a partir de conceitos psicanalíticos. Para tanto, utilizou-se conceitos de Freud e Lacan, articulando a relação do sujeito com a linguagem e suas implicações...

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Published in:Revista latinoamericana de psicopatologia fundamental Vol. 26
Main Authors: Rodrigues, Caroline Barros, Boni Jr, Jonas O.
Format: Journal Article
Language:English
Portuguese
Published: Associação Universitária de Pesquisa em Psicopatologia Fundamental 2023
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Description
Summary:O presente artigo tem como objetivo compreender os aspectos que envolvem a permanência e a passividade das vítimas de relacionamentos abusivos a partir de conceitos psicanalíticos. Para tanto, utilizou-se conceitos de Freud e Lacan, articulando a relação do sujeito com a linguagem e suas implicações na relação sujeito e Outro, que envolvem aspectos como desejo, amor e gozo. Assim, optou-se por nomear tal dinâmica relacional de relacionamento ab-usivo, entendendo que algo da ordem de uma satisfação inconsciente se atualiza nessas relações, e que neste sentido, toda relação comporta algo de ab-usivo. Considera-se fundamental que, diante de tal demanda, o analista tenha um olhar para a cena inconsciente do sujeito que se apresenta, e que a análise possibilite que algo do “um” se sustente, para que o sujeito sustente uma condição de menos assujeitamento ao seu modo de gozo. Cet article vise à comprendre les aspects qui impliquent la permanence et la passivité des victimes de relations abusives à partir de concepts psychanalytiques. À cette fin, nous avons utilisé des concepts de Freud et de Lacan qui articulent la relation du sujet avec le langage et ses implications dans la relation du sujet à l’Autre, qui impliquent des aspects tels que le désir, l’amour et la jouissance. Nous avons donc choisi de nommer cette dynamique relationnelle relation a-busive, considérant qu’une sorte de satisfaction inconsciente se produit dans ces relations, et qu’en ce sens, toute relation contient quelque chose d’a-busif. Il est considéré comme fondamental que, face à une telle demande, l’analyste ait un regard sur la scène inconsciente du sujet qui se présente, et que l’analyse permette de soutenir “l’un”, afin que le sujet parvienne à une condition de moindre soumission à son mode de jouissance. This article aims to understand the aspects that involve the permanence and passivity of victims of abusive relationships based on psychoanalytic concepts. For this purpose, concepts from Freud and Lacan were used, articulating the subject’s relationship with language and its implications in the subject’s relationship with the Other, which involve aspects such as desire, love, and jouissance. Thus, it was decided to name such relational dynamics an ab-usive relationship, understanding that something of the order of an unconscious satisfaction is actualized in these relationships, and that, in this sense, every relationship involves something ab-usive. It is considered essential that, in the face of such a demand, the analyst has a look at the unconscious scene of the subject who presents himself and that the analysis allows something of the “one” to be sustained so that the subject sustains a condition of less subjection to your way of jouissance. El presente artículo tiene como objetivo comprender los aspectos que implican la permanencia y la pasividad de las víctimas de relaciones abusivas, usando como referencia los conceptos psicoanalíticos. Se utilizaron conceptos de Freud y Lacan, articulando la relación entre el sujeto y el lenguaje y sus implicaciones en la relación entre el sujeto y el Otro, que involucran aspectos tales como el deseo, el amor y el gozo. De esta forma, se decidió denominar a tal dinámica relacional como relación ab-usiva, entendiendo que algo del orden de una satisfacción inconsciente se actualiza en este tipo de relaciones, y que en ese sentido, toda relación implica algo ab-usivo. Se considera fundamental que, ante tal demanda, el analista tenga una mirada en la escena inconsciente del sujeto que se presenta, y que el análisis permita que algo del “uno” se sustente, para que el sujeto sustente una condición de menor sujeción a su modo de gozo.
ISSN:1415-4714
1984-0381
1984-0381
DOI:10.1590/1415-4714.e230416