Telefarmácia no Autocuidado apoiado em pessoas com Diabetes na Atenção Primária durante a Pandemia de Covid-19
Introdução: O atendimento à saúde por meio de intervenção telefônica vem sendo utilizado como alternativa às necessidades de cuidado no contexto da pandemia de COVID-19. As teleconsultas além de um instrumento efetivo na manutenção de medidas preventivas como o distanciamento social, também permitem...
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Published in: | Jornal de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia Vol. 7; no. s.1 |
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Format: | Journal Article |
Language: | English |
Published: |
Instituto Nacional de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia
25-01-2023
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Summary: | Introdução: O atendimento à saúde por meio de intervenção telefônica vem sendo utilizado como alternativa às necessidades de cuidado no contexto da pandemia de COVID-19. As teleconsultas além de um instrumento efetivo na manutenção de medidas preventivas como o distanciamento social, também permitem a continuidade do cuidado pelos profissionais de saúde, serviço esse essencial quando se valia as adequações ocorridas dentro da Atenção Primária à Saúde relacionadas aos serviços farmacêuticos. Objetivo: Implementar a Telefarmácia para a prestação do autocuidado apoiado em pessoas com diabetes mellitus durante a pandemia de Covid-19. Metodologia: Tratase de uma pesquisa-ação, realizada em sete farmácias de um município do Nordeste, tendo como população-alvo pessoas com Diabetes mellitus acompanhadas pela Atenção Primária, com valores de hemoglobina glicada ≥9, considerando exames dos últimos 30 dias e com acesso à linha telefônica fixa ou móvel. Foram realizadas 6 teleconsultas com intervalo de 15/15 dias. Cada uma delas contava com instrumentos que visavam realizar o acompanhamento em relação aos hábitos de vida, acesso e uso de medicamentos, vacinação, adesão ao tratamento, além de intervenção e encaminhamentos. O usuário era convidado a participar das teleconsultas por meio do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados da teleconsulta foram registrados em formulários eletrônicos e armazenados em planilhas.Resultados: A amostra inicial contou com 742 pacientes, destes 73% com idades de 50 a 74 anos e 74,6% do gênero feminino. Concordaram em participar do acompanhamento 393 pacientes (54,1%). A comorbidade associada mais prevalente foi hipertensão. Ao todo 97,4% acessavam os medicamentos via setor público. Sobre o automonitoramento da glicemia capilar, 69,6% referiram regularidade. Apenas 31,1% informaram prática de atividade física. Sobre a tomada dos comprimidos para diabetes, 72,1% referiu nunca esquecer, 83,2% nunca precisou interromper o tratamento por ter deixado acabar os comprimidos e 96,1% nunca interrompeu o tratamento se não orientado pelo médico. Durante as consultas as principais orientações foram: “realizar exercicio físico, fazer rodízio de aplicação de insulinas, cumprir horário das medicações, cuidados com os pés, realizar medida de glicemia com registro. Mantiveram-se em acompanhamento até a sexta consulta 24,1%. Desses 57,5% se consideraram muitos satisfeitos e 19% inferiu que o serviço atendeu as suas necessidades extremamente bem. O número de pacientes variou entre a primeira e a sexta teleconsulta devido desistência, mudança de telefone, dificuldade no contato ou saída dos pacientes do escopo estabelecido para a teleconsulta. Conclusão: A pesquisa possibilitou a otimização do tratamento medicamentoso e favoreceu um suporte de apoio emocional e terapêutico ao paciente. Essa estratégia foi bem recebida pelos usuários demonstrando o potencial da implantação da telefarmácia na Atenção Primária. |
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ISSN: | 2525-5010 2525-7323 |
DOI: | 10.22563/2525-7323.2022.v1.s1.p.39 |